PUBLICIDADE

Mundo

Nuvem de cinzas some de Bariloche; Brasil pode ser afetado

5 jun 2011 - 13h03
Compartilhar

A cidade turística de Bariloche, na Argentina, amanheceu neste domingo sem a nuvem de cinza vulcânica, que cobriu a região repentinamente ontem e dificultou, inclusive, a respiração dos moradores. No entanto, A erupção do complexo vulcânico Puyehue-Cordón Caulle, no sul do Chile, ainda fecha o aeroporto do município e provoca a evacuação de cerca de 3,5 mil pessoas. Uma coluna de fumaça alcança outras regiões argentinas e, segundo a MetSul Meteorologia, não está descartado que o material expelido chegue ao Sul do Brasil.

Há diversos precedentes históricos de cinzas de erupção no Sul e no Centro do Chile que chegaram ao Centro da Argentina e ao Rio Grande do Sul. Conforme o meteorologista Luiz Fernando Nachtigall, o transporte das cinzas a locais distantes dependerá de correntes de vento em altitude chamadas de correntes de jato e da manutenção da erupção com forte intensidade.

Segundo o jornal Clarin, na região de Bariloche, as autoridades argentinas mantêm um alerta em cidades próximas, o qual recomenda que as pessoas não saiam de casa. Na cidade, a camada de cinzas vulcânicas que cobria as ruas ainda pode ser vista, apesar do vento. O transporte público está em operação, mas com poucos passageiros.

A advertência de riscos vai prosseguir por tempo indeterminado, já que a nuvem de cinzas, segundo especialistas, podem voltar a qualquer momento. No Chile, municípios próximos ao vulcão também seguem sendo evacuados.

O complexo vulcânico se estende ao longo de 15 quilômetros, em uma área de pouca densidade demográfica, e uma de suas principais crateras é o Puyehue, de 2.240 metros de altitude, cuja última erupção data de 1960.

No Chile, o Exército mobilizou vários caminhões para evacuar a população afetada e, por enquanto, a operação está se desenvolvendo com normalidade, sem que se tenham registrado situações de emergência, segundo indicou o Escritório Nacional de Emergência.

Segundo dados do Sernageomin, há mais de 2 mil vulcões no Chile, dos quais cerca de 125 são considerados geologicamente ativos e cerca de 60 tiveram algum tipo de atividade eruptiva histórica nos últimos 450 anos.

Até agora, o episódio mais relevante ocorrido nos últimos anos tinha sido a erupção, em maio de 2008, do vulcão Chaitén, que obrigou a evacuar os mais de 6 mil habitantes da cidade homônima, também na região de Los Lagos, que ficou praticamente devastada.

Além disso, o vulcão Llaima, situado na região da Araucanía, cerca de 600 quilômetros ao sul do Chile, e considerado um dos mais ativos da América do Sul, entrou em erupção no dia 1º de janeiro de 2008 e, durante um ano e meio, lançou material incandescente de forma esporádica.

Com informações de agências

Funcionário de hotel limpa cinzas do vulcão chileno, no cidade argentina de Bariloche
Funcionário de hotel limpa cinzas do vulcão chileno, no cidade argentina de Bariloche
Foto: Reuters
Fonte: Terra
Compartilhar
Publicidade