Milhares de israelenses celebram "reunificação" de Jerusalém
Mais de dez mil jovens israelenses procedentes de diferentes pontos do país marcharam nesta segunda-feira pelo centro de Jerusalém para comemorar a "reunificação" da cidade em 1967, quando se deu a ocupação de sua parte leste.
Os jovens, em sua maioria estudantes, participaram de um ato que contou com a participação de representantes dos kibutzim e de Prefeituras de Israel, segundo os organizadores do evento.
A passeata começou com um ato no cêntrico Parque da Independência da cidade. Os estudantes estenderam centenas de bandeiras de Israel e gritaram frases a favor de Jerusalém como capital do Estado judeu.
A marcha também lembrou o soldado israelense Gilad Shalit, capturado há quase cinco anos pelo braço armado do Hamas.
O pai do militar, Noam Shalit, participou do ato e discursou diante dos presentes.
A marcha terminou com a participação do presidente israelense, Shimon Peres, e do prefeito da cidade, Nir Barkat.
A passeata teve por objetivo "saudar a cidade" às vésperas do 44º aniversário da ocupação da parte leste de Jerusalém durante a Guerra dos Seis Dias (1967).
O evento terminou no Parque Sacher e obrigou as autoridades a interromperem o tráfego nas principais ruas do centro da cidade.
Em Jerusalém moram cerca de 450 mil judeus e 230 mil palestinos, e, embora tenha sido declarada por Israel em 1981 como sua capital "eterna e indivisível", a comunidade internacional nunca reconheceu essa anexação.
Os palestinos desejam estabelecer a capital de seu futuro Estado justamente nessa parte da cidade ocupada por Israel desde 1967.