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Ásia

Rei do Butão quer casamento sem famílias reais estrangeiras

21 mai 2011 - 07h46
(atualizado às 09h23)
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O rei do Butão, Jigme Khesar Namgyel Wangchuck, com 31 anos e o mais jovem do mundo, vai casar em outubro e não pretende convidar famílias reais estrangeiras porque quer um "casamento simples". A informação foi dada à Agência Efe por telefone pelo chefe de imprensa da Casa Real do Butão, Dorji Wangchuck, que detalhou que a noiva é uma estudante, Jetsun Pema, prestes a completar 21 anos e que já acompanhou o monarca em viagens oficiais.

O porta-voz real apontou que o casamento do chamado "quinto dragão" da dinastia Wangchuck ocorrerá em outubro, em data ainda não definida, na cidade de Punakha, antiga capital dessa remota nação budista do Himalaia. Coroado em novembro de 2008 após a abdicação de seu pai, Jigme Singye Wangchuck, o rei anunciou na sexta-feira ao Parlamento sua intenção de casar. "Encontrei uma pessoa e se chama Jetsun Pema. É jovem, cálida, de bom coração e de personalidade. Estas qualidades, junto à sabedoria que chegará com os anos e a experiência, farão dela uma grande servidora da nação", declarou o soberano.

"Peço ao Governo que não planeje uma grande celebração. A felicidade do meu querido pai e a bênção de nosso povo já me dão alegria e felicidade", manifestou o monarca, conforme tradução do discurso remetido à Efe pela Casa Real. Sobre a biografia oficial da futura rainha do Butão poucos detalhes foram fornecidos, à margem de sua linhagem, de seus estudos na Índia e no Reino Unido, e de seu interesse por pintura e basquete.

A dinastia Wangchuck tem grande prestígio no Butão e é célebre por ter idealizado o conceito de "Felicidade Interna Bruta", apoiada nos pilares como a conservação dos costumes locais, o cuidado com o ambiente, a boa governança e o crescimento econômico. O montanhoso e asilado reino apostou nos últimos anos em uma tímida abertura, mas segue firme em seu objetivo de evitar turismo em massa e preservar sua identidade moldada, frente a outras minorias, em torno das tradições da etnia "drukpa" (dragão), de origem tibetana e que segue o budismo mahayana.

EFE   
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