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Mundo

Cerca de 120 países abordam proposta para reforma da ONU

16 mai 2011 - 13h04
(atualizado às 14h21)
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Delegações governamentais de cerca de 120 países se reuniram nesta segunda-feira em Roma para abordar sua proposta para a reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas, com uma clara aposta pelo "diálogo" para realizar estas mudanças.

"O diálogo e o acordo são os únicos caminhos para se chegar a uma reforma do Conselho de Segurança da ONU", disse em seu discurso inaugural o ministro das Relações Exteriores da Itália, Franco Frattini, anfitrião do encontro.

Este encontro se baseia no celebrado em 5 de fevereiro de 2009 também em Roma, do qual saiu a exigência de uma maior democratização do Conselho de Segurança e no qual se assentaram as bases da proposta de reforma de seus países participantes.

Este grupo de países analisa a proposta formulada por Itália e Colômbia, que foi apresentada em 2009 perante as Nações Unidas, que visa a alcançar um acordo para a reforma do Conselho de Segurança.

Enquanto isso o grupo formado por Brasil, Alemanha, Japão e Índia reivindica postos permanentes neste órgão da ONU.

"É necessário dar mais margem à dimensão regional, levando em conta o papel mais ativo de organizações como a União Africana (UA)", afirmou Frattini.

O objetivo é "pensar em uma colocação baseada nos princípios da ampliação (dos países-membros do Conselho de Segurança), sem prejulgar a decisão final, que obviamente corresponderá à ONU", acrescentou.

As delegações dos países reunidos em Roma apostam em uma "dimensão regional" dentro do Conselho de Segurança através de instituições como a UA e a União Europeia (UE), que deveriam propor seus candidatos para garantir uma rotação interna.

A proposta destes países exige, além disso, uma "maior transparência e participação" nas decisões do Conselho de Segurança das Nações Unidas e a "intensificação das consultas".

"Foram dados grandes passos nos últimos anos, entre eles um compromisso mais forte do Conselho de Segurança para ter consultas com os países que fornecem tropas às missões internacionais", declarou Frattini.

Também participou do encontro desta segunda-feira em Roma o presidente da Assembleia Geral da ONU, Joseph Deiss, quem afirmou que, sem uma reforma concreta do organismo, ele "perderá credibilidade" e os "grandes temas internacionais serão examinados em outras sedes, percebidas como mais críveis e eficazes".

Deiss ressaltou que ele não pretende apoiar mais a proposta de alguns países, mas que quer que a reforma das Nações Unidas chegue com o "apoio mais amplo possível".

EFE   
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