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Mundo

Exército sírio entra em Homs e segue com operações em Banias

8 mai 2011 - 13h07
(atualizado às 13h44)
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O exército sírio entrou na manhã deste domingo na cidade industrial de Homs, no centro da Síria, ao mesmo tempo em que deu continuidade a suas operações em Banias, na costa mediterrânea, segundo ativistas dos direitos humanos.

Além disso, Riad Seif, de 64 anos, um veterano da luta pelos direitos humanos na Síria, foi condenado neste domingo por violar a proibição de protestar, segundo o advogado Khalil Maatuk.

Os militares, que desde sexta-feira ocupam com seus tanques o centro de Homs, 160 km a norte de Damasco, penetraram na madrugada de sábado para domingo em vários bairros dominados pela oposição, como Bab Sebaa e Baba Amr, segundo um ativista.

Rajadas de metralhadoras e outras armas pesadas eram ouvidas nestas áreas. A energia elétrica e as linhas telefônicas foram cortadas. Segundo a organização de defesa dos direitos humanos Insan, as forças de segurança dispararam na sexta-feira em Homs conta uma passeata que chegava ao centro da cidade, matando 16 pessoas.

Em Banias, cidade de 50 mil habitantes na costa do mar Mediterrâneo, as comunicações telefônicas, a eletricidade e a água potável foram cortadas, segundo Rami Abdel Rahman, presidente do Obeservatório Sírio dos Direitos Humanos.

No sábado, habitantes foram presos e residências foram revistadas nos bairros do sul, onde vivem 20 mil pessoas, segundo Rahman. Ele diz temer uma "catástrofe humanitária". Sua organização informou que mais de 200 pessoas, entre elas uma criança de 10 anos, foram presas na noite de sábado e na manhã deste domingo em Banias.

Segundo o periódico ligado ao governo Al Watan, o exército sírio protagoniza desde sexta-feira "uma batalha feroz contra grupos que utilizam armas pesadas, foguetes antitanques e metralhadoras" em Banias e arredores.

Seis pessoas foram mortas em Banias no sábado, entre elas quatro mulheres que protestavam pela libertação das pessoas presas nos últimos dias, assassinadas a tiros pelas forças de segurança.

Outras duas pessoas morreram no fim do dia, segundo um balanço do Observatório Sírio. O exército deu início às operações em Homs e Banias depois de sitiar durante dez dias a cidade de Deraa, no sul, principal foco do movimento de protesto contra o regime do presidente Bashar Al Assad.

Milhares de pessoas foram presas em Deraa, segundo ativistas dos direitos humanos. Em Damasco, Riad Seif, célebre figura da oposição "foi apresentado à justiça, que o condenou pelo delito de protestar", declarou Khalil Maatuk, que é presidente do Centro Sírio de Defesa dos Prisioneiros Políticos.

Riad Seif contou ao juiz ter sido "atingido na cabeça pelos agentes de segurança antes de ser detido na sexta-feira, perto de uma mesquita no centro de Damasco. Uma manifestação contra o regime reuniu centenas de pessoas na sexta, na saída do templo.

Seif já havia sido condenado a dois anos e meio de prisão por ter se pronunciado a favor da democracia na Síria, permanecendo encarcerado entre janeiro de 2008 e julho de 2010; em 2001, foi condenado a cinco anos por tentar "mudar a constituição de maneira ilegal".

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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