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Mundo

Autoridades desacreditam que Bin Laden possuísse comando

8 mai 2011 - 12h29
(atualizado às 13h19)
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Autoridades da área de segurança do Paquistão reagiram com ceticismo neste domingo à afirmação americana de que Osama bin Laden estava comandando de forma ativa a Al Qaeda da casa de Abbottabad, onde ele foi morto no dia 2 de maio.

No sábado, Washington disse que, com base em documentos e dados de computadores retirados da casa, o esconderijo de Bin Laden no Paquistão era um "centro ativo de comando e controle" da Al Qaeda. "Isso soa ridículo", afirmou uma autoridade da área de inteligência do Paquistão. "Não parece que ele estava comandando uma rede de terror".

O Paquistão, que depende muito da ajuda bilionária dos Estados Unidos, está sob intensa pressão para explicar como Bin Laden pode ter ficado anos no país sem ter sido detectado, há apenas algumas horas de distância da capital Islamabad.

Aumentaram as suspeitas que a ISI, sigla para a agência de inteligência paquistanesa, que tem uma longa história de contatos com grupos militantes, pode haver tido ligações com Bin Laden ou com alguns de seus aliados. A agência costuma ser descrita como um Estado dentro do Estado.

O Paquistão tem rechaçado essas suspeitas. A Casa Branca afirmou que não encontrou evidências de que o governo paquistanês sabia que Bin Laden vivia no país. O premiê Yusuf Raza Gilani fará na segunda-feira, no Parlamento, o seu primeiro discurso depois da morte de Bin Laden.

Osama bin Laden é morto no Paquistão

No final da noite de 1º de maio (madrugada do dia 2 no Brasil), o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou a morte do terrorista Osama bin Laden. "A justiça foi feita", afirmou Obama num discurso histórico representando o ápice da chamada "guerra ao terror", iniciada em 2001 pelo seu predecessor, George W. Bush. Osama foi encontrado e morto em uma mansão na cidade paquistanesa de Abbottabad, próxima à capital Islamabad, após meses de investigação secreta dos Estados Unidos .

A morte de Bin Laden - o filho de uma milionária família que acabou por se tornar o principal ícone do terrorismo contemporâneo -, foi recebida com enorme entusiasmo nos Estados Unidos e massivamente saudada pela comunidade internacional. Três dias depois e ainda em meio resquícios de dúvidas sobre o fim de Bin Laden, a Casa Branca decidiu não divulgar as fotos do terrorista morto. Enquanto isso, Estados Unidos e Paquistão debatem entre si as responsabilidades e falhas na localização do líder da Al-Qaeda.

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