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Cúpula da Asean não consegue resolver conflito entre Tailândia e Camboja

8 mai 2011 - 11h26
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A Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean) fracassou neste domingo em sua tentativa de resolver o conflito de fronteira entre Tailândia e Camboja que havia fixado como objetivo da cúpula em Jacarta de avançar rumo à integração regional que o grupo deseja para 2015.

O presidente da Indonésia e da cúpula, Susilo Bambang Yudhoyono, que evitou referir-se a disputa em seu discurso de encerramento, disse em entrevista coletiva que "quer uma solução pacífica que evite a escalada de violência".

A declaração conjunta ao fim se limitou a afirmar que a Asean "reconhece que as disputas territoriais ou jurisdicionais deveriam ser tratadas entre as duas partes".

Yudhoyono presidiu nesta manhã fora do programa um encontro entre o primeiro-ministro tailandês, Abhisit Vejjajiva, e seu colega cambojano, Hun Sen, que acabou sem acordo.

Após a reunião, o governante tailandês disse que sua "primeira prioridade é a paz e a vida das pessoas dos dois lados da fronteira" e insistiu em que Camboja deve retirar suas tropas da zona em disputa "porque está ainda sem delimitar".

Abhisit Vejjajiva defendeu uma resolução do conflito entre as duas partes, por meio de mecanismos de debate "já existentes", e denunciou a tentativa do Camboja de "internacionalizar" a disputa.

Enquanto isso, o líder cambojano insistiu na mediação da Indonésia e reconheceu que o conflito "contaminou a atmosfera da cúpula e criou um desafio para a Asean".

Hun Sen ressaltou que o Camboja assinou o plano da Indonésia para enviar observadores neutros à região em conflito e assinalou que está disposto a negociar se a Tailândia aceitar.

As duas partes aceitaram continuar as negociações nesta segunda-feira, em uma nova reunião com os ministros de Relações Exteriores da Tailândia, Camboja e Indonésia.

A cúpula ocorre duas semanas após os combates entre tropas tailandesas e cambojanas. Ao menos que acabou com o saldo de 18 mortes e milhares de deslocados.

A Tailândia e o Camboja compartilham uma área de fronteira que não está claramente delimitada e que levou ao enfrentamento por várias vezes através de seus exércitos a partir do Camboja, ex-colônia francesa, que conseguiu sua independência em 1954.

O conflito foi retomado em 2008, quando a Unesco declarou Patrimônio da Humanidade o templo de Preah Vihear a pedido do Camboja.

A Tailândia admite a soberania cambojana do conjunto monumental, mas quer 4,6 quilômetros quadrados em troca.

Os líderes da Asean adiaram para um próximo encontro a decisão sobre a proposta de Mianmar (antiga Birmânia) de assumir a Presidência rotativa do grupo em 2014.

EFE   
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