Egito: confrontos entre cristãos e muçulmanos deixam 12 mortos
Egito: confrontos entre cristãos e muçulmanos deixam 12 mortos
Doze pessoas morreram e mais de 200 ficaram feridas - várias delas em estado grave - no confronto armado registrado na noite de sábado entre cristãos e muçulmanos no bairro cairota de Imbaba, segundo informações da agência de notícias CNN. O incidente aconteceu quando grupos de muçulmanos atacaram a igreja de Mar Mina ao crer que os cristãos mantinham presa ali uma mulher que tinha se convertido ao Islã para se casar com um jovem desse credo.
Em declarações à televisão, Ali Abdel Rahman, governador da província de Giza, que inclui amplos setores do Grande Cairo e onde se encontra Imbaba, disse que o Exército e a Polícia tinham conseguido devolver a calma a esse bairro. Segundo a televisão pública, as declarações que algumas das testemunhas fizeram tornam impossível estabelecer quem começou o confronto e de onde procediam os disparos. Também foram lançados coquetéis molotov.
Os muçulmanos agressores pertencem à corrente dos salafis, uma das mais rigorosas do Islã e que a cada dia está ganhando mais terreno no Egito. Os cristãos egípcios, majoritariamente coptas, representam 10% da população do país, calculada em cerca de 75 milhões de habitantes.
Periodicamente há incidentes armados entre cristãos e muçulmanos no Egito por razões religiosas, especialmente no sul do país, embora começam a ser mais frequentes nesta capital.
Segundo informações da BBC, o primeiro-ministro do Egito, Essam Sharaf, convocou uma reunião de emergência do gabinete de governo. De acordo com a imprensa estatal do país, Sharaf adiou uma viagem ao Barein e Emirados Árabes Unidos para discutir a violência religiosa no bairro de Imbaba.
Com informações de agências internacionais