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Mundo

Oposição do Equador admite vitória de Correa em referendo

7 mai 2011 - 22h10
(atualizado às 22h28)
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Dirigentes opositores reconheceram sua derrota neste sábado no referendo promovido pelo presidente Rafael Correa para reformar a Justiça e regular a imprensa. "O autoritarismo é sempre transitório; as forças democráticas terminarão triunfando", disse à imprensa Gustavo Larrea, ex-ministro de Correa que lidera uma frente de oposição, após a pesquisa de boca de urna que deu a vitória ao presidente socialista.

"Todo governo de cunho totalitário, quase fascista, já propôs este tipo de consulta", manifestou, por sua vez, o ex-vice-presidente León Roldós (1981-1984). "Teremos que cumprir o mandato popular, mas os resultados em si não dão esta goleada anunciada pelo governo", considerou, por sua vez, Alberto Acosta, também ex-ministro do governo atual.

Larrea também estimou que "o governo assume uma responsabilidade enorme: cumprir com sua palavra. Disseram que este processo será transparente, veremos se será transparente no futuro". Segundo a pesquisa autorizada pelo tribunal eleitoral, o referendo foi apoiado por três em cada cinco eleitores.

Dez perguntas foram submetidas ao voto dos equatorianos, quatro delas sobre emendas constitucionais dedicadas a reformar a Justiça para lutar contra o crescente sentimento de insegurança no país. Uma comissão tripartite, que contará com um representante do governo, se encarregará de grande parte da reforma, razão pela qual o Conselho Superior da Magistratura ficará suspenso por 18 meses.

Duas perguntas se referiam à criação de um "conselho de regulação" dos conteúdos midiáticos e à instauração de "responsabilidade" da imprensa, além da proibição de que bancos e meios de comunicação realizem investimentos em outros setores de atividade.

Correa também deseja penalizar o enriquecimento ilícito no setor privado e a não afiliação dos trabalhadores à segurança social estatal, assim como proibir os jogos de azar e os espetáculos que tenham como finalidade matar o animal, como as corridas de touros.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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