Telefonema de mensageiro para amigo teria levado a Bin Laden

Um telefonema teria levado os Estados Unidos a encontrarem a casa onde estava escondido Osama Bin Laden. Segundo o site do jornal The Washington Post, uma ligação de Abu Ahmed al-Kuwaiti, pseudônimo de um paquistanês que seria a principal ligação do líder da al-Qaeda com o mundo fora da casa, para um amigo foi rastreada pela inteligência americana, que descobriu a localização de Osama.

Segundo a reportagem, Kuwaiti ligou para um amigo que perguntou onde ele estava e o que estava fazendo. "Voltei para as pessoas com quem estava", disse o homem. A frase teria sido o suficiente para a inteligência entender que ele estava com Osama Bin laden. "Que Deus nos ajude", complementou Kuwaiti.

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"Foi aí que começou o filme da caçada por Bin Laden", disse um oficial da inteligência dos Estados Unidos que não foi identificado pela reportagem. Kuwaiti estaria sendo procurado pelos Estados Unidos há cerca de quatro anos, quando a ligação para o amigo deu o número do celular para os agentes. A reportagem afirma que eles encontraram o paquistanês "usando um vasto número de recursos humanos e técnicos".

Os oficiais afirmam que qualquer um que deixasse a casa, que não tinha nenhum sinal de internet ou telefone que pudesse ser rastreado, dirigia por pelo menos 90 minutos antes de sequer colocar uma bateria em um telefone celular.

Durante a operação, que resultou na morte de Osama, o presidente americano e sua equipe de segurança nacional assistiram ao vídeo da ação, sem áudio. Quando Bin Laden foi colocado para fora da residência foi solicitado a um dos Seals da Marinha que se deitasse ao lado do corpo para que fosse possível comparar as alturas. O oficial possui 1.80 m de altura. O corpo era "vários centímetros mais alto."

Quando a informação foi retransmitida para Obama, ele se voltou para seus assessores e disse: "Nós doamos um helicóptero $ 60 milhões para essa operação. Não poderíamos nos dar ao luxo de comprar uma fita métrica?"

Osama bin Laden é morto no Paquistão

No final da noite de 1º de maio (madrugada do dia 2 no Brasil), o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou a morte do terrorista Osama bin Laden. "A justiça foi feita", afirmou Obama num discurso histórico representando o ápice da chamada "guerra ao terror", iniciada em 2001 pelo seu predecessor, George W. Bush. Osama foi encontrado e morto em uma mansão na cidade paquistanesa de Abbottabad, próxima à capital Islamabad, após meses de investigação secreta dos Estados Unidos .

A morte de Bin Laden - o filho de uma milionária família que acabou por se tornar o principal ícone do terrorismo contemporâneo -, foi recebida com enorme entusiasmo nos Estados Unidos e massivamente saudada pela comunidade internacional. Três dias depois e ainda em meio resquícios de dúvidas sobre o fim de Bin Laden, a Casa Branca decidiu não divulgar as fotos do terrorista morto. Enquanto isso, Estados Unidos e Paquistão debatem entre si as responsabilidades e falhas na localização do líder da Al-Qaeda.