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Oriente Médio

Hamas condena operação que resultou na morte de Bin Laden

2 mai 2011 - 10h25
(atualizado às 15h28)
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O líder do Hamas em Gaza, Ismail Haniyeh, condenou nesta segunda-feira o "assassinato" de Osama bin Laden em uma operação das forças especiais americanas no Paquistão e disse que ele era um "mártir da guerra santa", enquanto a Autoridade Nacional Palestina (ANP) felicitou a ação dos Estados Unidos.

Ismail Haniyeh condenou nesta segunda-feira o "assassinato" de Osama bin Laden
Ismail Haniyeh condenou nesta segunda-feira o "assassinato" de Osama bin Laden
Foto: AP

"Vemos este (episódio) como uma continuação da política americana baseada na opressão e no derramamento de sangue muçulmano e árabe", disse Haniyeh em declarações a um grupo de jornalistas em Gaza.

O dirigente do movimento islâmico Hamas qualificou Bin Laden como "um combatente santo árabe" e "pediu a Deus que seja misericordioso com os verdadeiros crentes e os mártires".

Suas declarações foram dadas em um momento em que o Hamas tenta se aproximar do Ocidente, através de um acordo de reconciliação com o movimento nacionalista palestino Fatah e que deve ser assinado na quarta-feira no Cairo.

O primeiro-ministro do Governo da ANP na Cisjordânia, Salam Fayyad, declarou que Bin Laden "foi uma pessoa que dedicou toda sua vida ao terrorismo e à destruição".

"Espero que sua morte seja o fim de uma época obscura", afirmou em entrevista coletiva em Ramallah.

O porta-voz de Fayyad, Ghassan Al Khatib, tinha qualificado horas antes a morte do mentor dos ataques de 11 de setembro de 2001 como um passo para a paz.

"A morte de Bin Laden é um bom desenvolvimento para a paz e a segurança no mundo", declarou Khatib, na primeira reação de um funcionário da Autoridade Nacional Palestina (ANP) à notícia.

O porta-voz da ANP ressaltou, no entanto, que "o mais importante é nos livrarmos da ideologia e das crenças radicais de Bin Laden".

Osama bin Laden é morto no Paquistão

No final da noite de 1º de maio (madrugada do dia 2 no Brasil), o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou a morte do terrorista Osama bin Laden. "A justiça foi feita", afirmou Obama num discurso histórico representando o ápice da chamada "guerra ao terror", iniciada em 2001 pelo seu predecessor, George W. Bush. Osama foi encontrado e morto em uma mansão na cidade paquistanesa de Abbottabad, próxima à capital Islamabad, após meses de investigação secreta dos Estados Unidos .

A morte de Bin Laden - o filho de uma milionária família que acabou por se tornar o principal ícone do terrorismo contemporâneo -, foi recebida com enorme entusiasmo nos Estados Unidos e massivamente saudada pela comunidade internacional. Enquanto a secretária de Estado dos EUA afirmava que a batalha contra o terrorismo continua, o alerta disseminado em aeroportos horas depois da notícia simboliza a incerteza do impacto efetivo da morte de Bin Laden no presente e no futuro.

EFE   
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