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Estados Unidos

Jogador da NBA ataca "festa" dos EUA com morte de Bin Laden

2 mai 2011 - 09h22
(atualizado às 12h36)
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Enquanto a maioria das pessoas demonstrava apoio as Estados Unidos após o anúncio de que o terrorista Osama Bin Laden, apontado como o responsável pelos ataques aos americanos em 11 de setembro de 2001, havia sido encontrado e morto pelo serviço secreto de seu país, o ala do time de basquete da NBA Milwaukee Bucks, Chris Douglas-Roberts, criticou os americanos que comemoravam a morte do terrorista.

O ala Chris Douglas-Roberts criticou os americanos que comemoraram a morte do terrorista Osama Bin Laden
O ala Chris Douglas-Roberts criticou os americanos que comemoraram a morte do terrorista Osama Bin Laden
Foto: Getty Images

Alguns famosos mostraram apoio ao presidente americano, Barack Obama, que anunciou a morte do terrorista - como o ala do Miami Heat e duas vezes MVP da NBA em seguida, LeBron James. "Uau! As palavras de Obama movem a Terra e são inspiradoras", comentou, em sua página oficial do Twitter. O craque Ronaldo, recém-aposentado, se conteve em repassar uma mensagem de um jornal carioca, avisando da morte do terrorista.

Douglas-Roberts, no entanto, atacou o povo americano. "Isto é uma celebração?", comentou o atleta em seu Twitter, depois de todas as televisões mostrarem a multidão que estava na frente da Casa Branca, comemorando a morte de Bin Laden. "Seria isto o início de uma grande guerra religiosa? Espero que não (balançando minha cabeça)", continuou.

Em seguida, sendo vítima de muitas críticas e atacado por muitos seguidores, o jogador desabafou. "Eu sou o idiota? Você é cristão. Deus ficaria feliz com você comemorando a morte?", questionou, ao ser insultado. "Foram necessárias 919.967 mortes para matar este cara. Foram necessários dez anos e duas guerras para matar este cara. Nos custou aproximadamente US$ 1,9 trilhões para matar este cara. Mas estamos vencendo (sarcasmo)", disse.

Muito criticado, o jogador continuou dando sua opinião pelo microblog, afirmando ser contra "uma guerra de dez anos" e, principalmente, a "morte de inocentes diariamente". "Só estou dizendo o que eu sinto. Para todos me apoiando, estou bem. Eu tenho uma pele muito grossa. O que eu sinto não mudou nem um pouco. De qualquer maneira, que Deus abençoe a América", finalizou.

Osama bin Laden é morto no Paquistão

No final da noite de 1º de maio (madrugada do dia 2 no Brasil), o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou a morte do terrorista Osama bin Laden. "A justiça foi feita", afirmou Obama num discurso histórico representando o ápice da chamada "guerra ao terror", iniciada em 2001 pelo seu predecessor, George W. Bush. Osama foi encontrado e morto em uma mansão na cidade paquistanesa de Abbottabad, próxima à capital Islamabad, após meses de investigação secreta dos Estados Unidos .

A morte de Bin Laden - o filho de uma milionária família que acabou por se tornar o principal ícone do terrorismo contemporâneo -, foi recebida com enorme entusiasmo nos Estados Unidos e massivamente saudada pela comunidade internacional. Enquanto a secretária de Estado dos EUA afirmava que a batalha contra o terrorismo continua, o alerta disseminado em aeroportos horas depois da notícia simboliza a incerteza do impacto efetivo da morte de Bin Laden no presente e no futuro.

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