Síria vai propor reformas políticas e econômicas, diz agência

O novo primeiro-ministro da Síria, Adel Safar, afirmou neste sábado que seu governo irá preparar um "plano completo" de reformas políticas, jurídicas e econômicas, segundo a agência de notícias estatal SANA. A agência citou Safar, afirmando que ele estabelecerá comitês para propor novas leis e emendas às legislações dessas áreas. As informações são da Reuters.

O anúncio ocorre um dia depois da "Sexta-feira da Ira", convoca nessa última semana pela população síria crítica do governo de Bashar Al-Assad, que comanda o país desde 1990. Ontem, os protestos se corporificaram em diversas cidades sírias e encontraram resistência das forças de seguranças, empenhadas na contenção dos protestos. Ao menos 16 pessoas teriam morrido vítimas da repressão, e quatro mortes por parte de militares foram informadas pelo veículos do país.

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A Síria é um dos países que mais fortemente absorveu a onda de prostestos iniciada em janeiro na Tunísia e depois emigraram para o Egito. Todavia, de modo similar à Líbia, que atualmente se encontra em uma guerra civil, a situação na Síria não tomou ainda rumos certos. Após mais de seis semanas de protestos, a população vê um governo que mostra seu poder no controle dos protestos com mais eficácia que os casos tunisiano e egípcio.

Durante esse período de protestos em solo sírio, inicado em meados de março, estima-se que mais de 400 pessoas tenham morrido e cerca de 500 tenham sido presas. Mais de 200 membros filiados ao Partido Baath, que governa o país, também anunciaram sua demissão, em protesto pela força com que as manifestações populares vêm sendo reprimidas pelas forças de segurança de Al-Assad.