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América Latina

Peru: Humala aceita com humildade favoritismo nas pesquisas

24 abr 2011 - 18h41
(atualizado às 18h55)
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O candidato nacionalista Ollanta Humala afirmou neste domingo que aceita "com humildade" a pesquisa que o coloca em primeiro lugar no segundo turno presidencial no Peru e disse estabelecer confiança em sua proposta de governo. "(A pesquisa) a acatamos com humildade e com o compromisso de seguir trabalhando duro (...) Baseamos nosso trabalho na principal enquete que é a rua. Não temos tempo de nos distrairmos com as pesquisas, prefiro continuar trabalhando como fiz o princípio da campanha", declarou Humala à emissora Rádio Programas del Perú.

Uma enquete, da empresa Ipsos Apoio, indicou hoje que Humala é o favorito para o segundo turno que será realizado no dia 5 de junho, com 42 % de apoio, contra 36 % da congressista Keiko Fujimori. O candidato nacionalista também assegurou não se preocupar com a "campanha do medo" que alguns setores criaram contra ele e reiterou que a sua preocupação é gerar confiança na população, porque um terço do eleitorado ainda não definiu seu voto.

"Há mais de um terço do eleitorado que ainda não decidiu o seu voto e é preciso estabelecer confiança, já que o que eles vão eleger não será apenas o próximo presidente mas o tipo de democracia que queremos, uma plural como a que estamos construindo e como a que vivemos na década de 90", disse. Humala também assinalou que não tem "objeção" em aceitar uma sugestão do arcebispo de Lima, Juan Luis Cipriani, que disse que os dois candidatos presidenciais deveriam se reunir para esclarecer suas propostas de governo.

"Não temos objeção, mas acho que em uma disputa eleitoral o povo espera propostas porque não é possível escolher os dois candidatos ao mesmo tempo", esclareceu. Em declarações à cadeia local Pan-americana Televisão, Humala afirmou hoje que em seu governo buscará o consenso para enfatizar as políticas redistributivas e que respeitará o Congresso da República.

"Nós estamos dispostos a fazer concessões, mas vamos investir nas políticas de distribuição de renda e de riqueza", declarou. O peruano assinalou também que os projetos de seu Plano de governo serão aplicados por meio de uma nova Constituição ou com reformas em alguns capítulos da atual, de acordo com o que for aprovado no Congresso.

Humala acredita que, ao chegar ao poder, alcançará o consenso com os demais partidos políticos para realizar as reformas sociais que propõe e ressaltou a "maturidade" que percebeu em alguns líderes políticos. Para o candidato, estes líderes estão conscientes de que é necessário "dar estabilidade política ao país e deixar de lado uma política de exclusão social, a qual uma grande maioria não se beneficia do crescimento econômico, e isso gera conflitos sociais".

O líder da aliança Gana Peru reiterou que respeitará os fundos das Administradoras de Fundos de Pensões (AFP), as instituições privadas que administram os recursos dos trabalhadores. "Isso não vai ser tocado porque esse dinheiro não pertence às AFPs e porque, em princípio, o Estado não pode mexer nos bens dos peruanos. Nós defendemos a propriedade privada e a propriedade das economias do povo", enfatizou.

EFE   
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