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Oriente Médio

Iêmen: Saleh e família terão imunidade após deixar poder

24 abr 2011 - 12h59
(atualizado às 15h48)
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O presidente do Iêmen, Ali Abdullah Saleh, aceitou formalmente uma iniciativa dos países do Golfo Pérsico para deixar o poder no prazo de um mês, informou neste domingo o vice-ministro de Informação Abdo el Guindi. Nesse sábado, o presidente aceitou um plano elaborado por países do Golfo Pérsico, que prevê a entrega do poder a seu vice no prazo de 30 dias, como uma saída para a crise política do país. Segundo a proposta, Saleh, sua família e assessores receberão imunidade e não poderão ser processados. Integrantes da oposição iemenita já afirmaram que não aceitam este ponto do acordo.

Idoso participa de protesto pedindo a renúncia do presidente Ali Abdullah Saleh, em Sanaa
Idoso participa de protesto pedindo a renúncia do presidente Ali Abdullah Saleh, em Sanaa
Foto: AP

"O presidente deu sua aprovação definitiva a toda a iniciativa do golfo (Pérsico) incondicional e no marco da Constituição do país", assinalou o Guindi. Além da transferência de poder, o plano prevê que o presidente nomeie um integrante da oposição para liderar um governo interino que deve preparar eleições dentro de dois meses.

A iniciativa, comunicada na quinta-feira passada por uma missão do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG), integrado pela Arábia Saudita, Kuwait, Omã, Emirados Árabes Unidos, Catar e Bahrein, estabelece que Saleh ceda o poder ao vice-presidente Abdurabbo Mansour Hadi no prazo de 30 dias.

Ali Abdullah Saleh afirmou neste domingo que os protestos pedindo a sua saída são uma tentativa de golpe. A afirmação ocorreu um dia depois de ele aceitar uma proposta para deixar o poder, em troca de imunidade. "Isto é um golpe. Vocês dos Estados Unidos e do ocidente me dizem para entregar o poder. A quem eu devo entregá-lo? Àqueles que estão tentando fazer um golpe?", afirmou o presidente em uma entrevista à BBC.

"Nós faremos isto por meio das urnas e dos referendos. Nós convidaremos observadores internacionais para monitorar - mas um golpe não é aceitável", disse. Há dois meses, diversas manifestações populares pedem reformas democráticas no Iêmen, além da saída imediata de Saleh - que está no poder há 32 anos.

Com informações da BBC e da EFE.

Fonte: Terra
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