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África

UA determina volta da Costa do Marfim como país-membro

21 abr 2011 - 15h10
(atualizado às 15h29)
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A União Africana (UA) anunciou nesta quinta-feira o restabelecimento da Costa do Marfim como membro do organismo pan-africano, que reúne 53 Estados do continente. O Conselho de Segurança da UA tinha suspendido esse direito da Costa do Marfim devido à crise que teve origem após o pleito presidencial, quando o chefe de Estado na ocasião, Laurent Gbagbo, não quis admitir a vitória do candidato Alassane Ouattara, reconhecido pela comunidade internacional como legítimo vencedor das eleições.

A Costa do Marfim viveu um período de estagnação política nos meses seguintes às eleições, já que os dois candidatos se proclamaram presidentes. Ouattara ficou refugiado no Hotel Golf, que foi cercado por seguidores e milícias de Gbagbo, sem que as iniciativas internacionais, inclusive as da UA, conseguissem encontrar uma saída pacífica para o conflito.

As forças do candidato eleito começaram uma ofensiva contra as milícias de Gbagbo que acabou com a detenção, em 11 de abril, do ex-presidente e de sua família. O Conselho de Segurança da UA, que já tinha reconhecido Ouattara como legítimo presidente, decidiu em sua reunião desta quinta-feira "retirar a suspensão da participação da Costa do Marfim nas atividades da UA", informou o organismo em comunicado.

Apesar dos últimos acontecimentos, a situação na Costa do Marfim continua crítica, com enfrentamentos diários entre as forças de Ouattara e milícias leais ao governante deposto em diferentes bairros de Abidjan. ONGs alertaram na quarta-feira sobre o agravamento da crise humanitária no país devido aos combates, que estão dificultando a distribuição de alimentos entre a população e mantêm 25 mil marfinenses deslocados em campos de refugiados na fronteira com a Libéria.

EFE   
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