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Europa

França dverte sobre falta de regulação dos cigarros eletrônicos

21 abr 2011 - 13h00
(atualizado às 13h36)
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A Agência Francesa de Segurança Sanitária de Produtos de Saúde (AFSSAPS) advertiu nesta quinta-feira sobre a falta de regulação dos cigarros eletrônicos e sobre a publicidade enganosa desses artigos, alguns com mais nicotina do que o anunciado.

Os últimos estudos desse organismo, divulgados nesta quinta-feira pelo jornal "Le Monde", revelam que a concentração de nicotina em alguns fabricantes é superior à assinalada e que a concentração dessa substância pode alcançar níveis perigosos para a saúde.

Esses cigarros, que surgiram no mercado francês com a entrada em vigor da lei antitabaco entre 2007 e 2008 e cuja venda é feita majoritariamente através de internet, são apresentados como uma forma para ajudar as pessoas a pararem de fumar, o que, segundo os especialistas, não é verdade.

Para a AFSSAPS, "há um problema de qualificação desse produto", que até o momento não é considerado um remédio e depende da Direção Geral da Concorrência, do Consumo e da Repressão a Fraudes (DGCCRF).

"Le Monde" destaca que não existem estudos qualitativos nem quantitativos sobre as substâncias incluídas nesses cigarros, cuja venda em farmácias, segundo o Escritório de Prevenção do Tabagismo (OFT) francês, pode enganar os consumidores.

Nenhum fabricante pediu às autoridades autorização para comercializar esse produto, assegura o especialista da AFSSAPS Pascale Maisonneuve.

"Nosso produto não faz as pessoas deixarem de fumar, mas as ajuda a fumar de forma mais saudável", disse Stéphane Pader, diretor-geral do líder desses produtos na França, o Edsylver, cujo site adverte que, embora não prejudique a saúde do fumante, é contra-indicado aos jovens, às grávidas e às pessoas que tem doenças cardiovasculares.

EFE   
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