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Europa

Papa diz que Jesus teve mais medo da morte que Sócrates

20 abr 2011 - 09h11
(atualizado às 10h31)
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O papa Bento XVI comparou nesta quarta-feira "a angústia" que sofreu Jesus diante da morte a "tranquilidade" com que Sócrates encarou, segundo referiu Platão em seu dia.

Cercado por seguranças, Bento XVI acena para a multidão na chegada à Praça de São Pedro, em meio a preparações para a Sexta-feira Santa
Cercado por seguranças, Bento XVI acena para a multidão na chegada à Praça de São Pedro, em meio a preparações para a Sexta-feira Santa
Foto: AFP

Bento XVI foi ovacionado por 30 mil fiéis que lotavam a Praça de São Pedro, onde dedicou a audiência das quartas-feiras a explicar o rito do Tríduo Pascal, que começa nesta quinta-feira com as celebrações da paixão, morte e ressurreição de Cristo, segundo a tradição cristã.

É possível "admirar Sócrates, mas os cristãos devem seguir Jesus", disse o papa teólogo ao aprofundar na reza de Jesus no Jardim do Getsêmani antes que os romanos os prendessem.

"Se refletirmos sobre o drama de Getsêmani podemos ver o grande contraste entre o sofrimento de Jesus e o do grande filósofo Sócrates, que permanece tranquilo", disse o papa.

"Mas a missão de Jesus era outra, não era a de uma indiferença e liberdade total, mas a de carregar nele todo o sofrimento da humanidade e abrir assim as portas do Céu".

O papa teólogo afirmou que "a humilhação de Getsêmani é essencial na missão de Deus".

"Nesta quarta-feira - continuou - para muitos é normal opor-se à vontade de Deus, sentir-se livre só se for autônomo, mas na realidade esta pretensão é errônea, seguir a vontade de Deus não corta em nada nossa liberdade, significa só querer reconhecer a verdade".

"Que a Virgem Maria ensine a todos a acompanhar nestes dias a seu Filho, nos momentos decisivos de seu mistério redentor".

EFE   
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