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Mundo

Gbagbo está em prisão domiciliar, diz novo governo marfinense

12 abr 2011 - 20h49
(atualizado às 22h10)
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O ex-chefe de Estado da Costa do Marfim Laurent Gbagbo, detido na segunda-feira, está sob prisão domiciliar, anunciou na noite desta terça-feira o governo do presidente Alassane Ouattara.

O novo presidente, Alassane Ouattara, ganhou o apoio dos comandantes que defenderam Laurent Gbagbo antes de sua queda
O novo presidente, Alassane Ouattara, ganhou o apoio dos comandantes que defenderam Laurent Gbagbo antes de sua queda
Foto: AP

"Em 11 de abril de 2011, durante as operações para dar segurança à cidade de Abidjan, ocorreram combates entre as Forças Republicanas da Costa do Marfim (FRCI) e a facção Forças de Defesa e Segurança (MSDS), de Gbagbo, apoiada por mercenários liberianos e angolanos", disse o ministro da Justiça, Jeannot Ahoussou-Kouadio.

"Após estas operações, o senhor Laurent Gbagbo foi detido por militares das Forças Republicanas da Costa do Marfim e, colocado à disposição das autoridades governamentais". "Até a abertura de uma investigação, o senhor Laurent Gbagbo e alguns de seus companheiros ficarão sob prisão domiciliar", concluiu o ministro.

O comunicado não revela em que local está o ex-presidente e quais são seus "companheiros" detidos. Gbagbo foi preso na segunda-feira pelas forças de Ouattara, com a ajuda da ONU e da França, e levado com sua mulher ao Hotel du Golf, QG do presidente eleito da Costa do Marfim.

Costa do Marfim: da eleição presidencial a nova guerra civil

Em 28 de novembro de 2010, os eleitores da Costa do Marfim foram às urnas na esperança de escolher o novo presidente para um país que há menos de 10 anos vivera uma violenta guerra civil. No entanto, quatro meses depois, quando o novo governo já poderia estar em plena gestação, o país se encontra dividido entre forças rivais que disputam a vitória eleitoral e, com ela, a liderança legítima da nação.

De um lado está Laurent Gbagbo, presidente desde 2000 e com sede no Sul do país; do outro, Alassane Ouattara, sediado no Norte e com amplo apoio da comunidade internacional. Enquanto a pressão pela renúncia de Gbagbo cresce e o avanço de Ouattara em direção a Abidjan se concretiza, o país se aproxima de guerra civil, na qual dezenas de milhares morreram e milhares deixaram o país.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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