Ouattara anuncia bloqueio a Gbagbo e pede reconciliação
7 abr2011 - 19h06
(atualizado às 19h33)
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O presidente eleito da Costa do Marfim, Alassane Ouattara, anunciou, em pronunciamento solene na televisão marfinense, que estava sendo efetuado um bloqueio à residência de Laurent Gbagbo, exortando, ao mesmo tempo, os compatriotas à reconciliação. Ele pediu também às suas forças que garantam a segurança de Abidjan.
"Um bloqueio foi estabelecido em torno do perímetro" da residência onde o presidente não reeleito, Laurent Gbagbo, "está entrincheirado com armas pesadas e mercenários", declarou Alassane Ouattara. "A luz será feita sobre todos os massacres e crimes" que foram cometidos, afirmou o presidente reconhecido pela comunidade internacional.
"Os autores dos crimes serão punidos", assegurou, exortando suas tropas "a um comportamento exemplar, abstendo-se de todo o crime, de violências contra a população e de atos de pilhagem". "Todos os envolvidos em tais atos serão punidos", prometeu.
Disse ter pedido que os comandantes das forças de segurança tomem todas as medidas para garantir a manutenção da ordem e da segurança dos bens, assim como a liberdade de movimento no país. "Peço a todos os meus compatriotas que se abstenham de qualquer ato de vingança", declarou.
"A Costa do Marfim é indivisível", assegurou, prometendo ser o presidente "de todos os marfinenses". "Voltemo-nos todos a esta tarefa", afirmou, fazendo apelo à unidade.
Costa do Marfim: da eleição presidencial a nova guerra civil
Em 28 de novembro de 2010, os eleitores da Costa do Marfim foram às urnas na esperança de escolher o novo presidente para um país que há menos de 10 anos vivera uma violenta guerra civil. No entanto, quatro meses depois, quando o novo governo já poderia estar em plena gestação, o país se encontra dividido entre forças rivais que disputam a vitória eleitoral e, com ela, a liderança legítima da nação.
De um lado está Laurent Gbagbo, presidente desde 2000 e com sede no Sul do país; do outro, Alassane Ouattara, sediado no Norte e com amplo apoio da comunidade internacional. Enquanto a pressão pela renúncia de Gbagbo cresce e o avanço de Ouattara em direção a Abidjan se concretiza, o país se aproxima de guerra civil, na qual dezenas de milhares morreram e milhares deixaram o país.
Tropas francesas que integram a missão internacional na Costa do Marfim patrulham área de Abidjan
Foto: AP
Tropas que apoiam o ex-presidente Laurent Gbagbo se locomovem em veículo blindado na cidade de Abidjan
Foto: AP
Milicianos leais a Gbagbo patrulham ruas onde enfrentam as forças que defendem o presidente reconhecido internacionalmente, Alassane Ouattara, na capital marfinense
Foto: AFP
Miliciano das forças de Gbagbo combate nas ruas de Abidjan
Foto: AFP
Fumaça é vista sobre o centro de Abidjan, onde as forças de Ouattara enfrentam os milicianos pró-Gbagbo
Foto: Reuters
Miliciano se protege em meio a tiroteio contra as forças leais ao presidente reconhecido, Alassane Ouattara, nos arredores da capital, Abidjan
Foto: AFP
Foto: Terra
Integrante de força leal ao presidente eleito Alassane Ouattara cerca o Palácio Presidencial, em Abidjan
Foto: AFP
Armados, milicianos tentam defender e garantir a permanência do presidente Laurent Gbagbo no poder
Foto: AFP
Desde a noite de quinta, aliados de Alassane Ouattara tentam encurralar o atual governante
Foto: AFP
Forças leais ao presidente reconhecido pela comunidade internacional atuam na capital da província de Yamoussoukro
Foto: Reuters
Militantes do presidente marfinense legitimado pela comunidade internacional, Alassane Ouattara, acompanham discurso do ministro Guillaume Soro em comício, na província de Yamoussoukro
Foto: Reuters
Soldados leais a Laurent Gbagbo patrulham rua em bairro empresarial de Abidjan, na Costa do Marfim, em dia de intensos combates com a oposição
Foto: Reuters
Integrantes das forças apoiadoras do marfinense Alassane Ouattara ficam em posição de guarda, na província de Yamoussoukro
Foto: Reuters
Milicianos aliados a Alassane Ouattara lotam caminhonete durante tensão nas ruas de Abidjan
Foto: AFP
Fumaça paira sobre o céu no centro da capital marfinense enquanto milicianos e militares se enfrentam nas ruas
Foto: Reuters
Blindado das forças de Laurent Gbagbo patrulha as ruas do bairro Deux Pleaux, na capital
Foto: AFP
Tropas não identificadas circulam em caminhonete com armamento pesado
Foto: AP
Foto: Terra
Missão militar francesa patrulha uma rua na região de Abidjan
Foto: Reuters
Missão francesa que vigia regiões da Costa do Marfim foi reforçada e hoje conta com 1,1 mil soldados
Foto: Reuters
Forças leais ao presidente Alessane Ouatarra vigiam região a cerca de 20 km a norte de Abidjan
Foto: Reuters
Clima de instabilidade se instaurou após eleição de Alassane Ouatarra como presidente do país
Foto: Reuters
Fumaça aparece no céu do centro da cidade de Abidja
Foto: Reuters
Foto: Terra
Forças leais ao presidente eleito Alassane Ouattara se preparam para combate na cidade de Abidyán
Foto: EFE
Exército leal ao presidente Alassane Ouattarra se prepara para tomar a cidade de Abidjan
Foto: Reuters
Mulheres com baldes procuram por água na região de Abidjan
Foto: Reuters
Soldado pró-Gbagdo protege o palácio presidencial em Abidjan
Foto: Reuters
Forças leais ao presidente Alassane Ouattara preparam-se para tomar a frente da cidade de Abidjan
Foto: Reuters
Civis levantam as mãos enquanto passam por miliciano das forças aliadas a Laurent Gbagbo em rua próxima ao palácio presidencial, em Abidjan
Foto: Reuters
Soldado patrulha arredores do palácio presidencial tomado pelas forças de Gbagbo
Foto: Reuters
Tropas da França ajudam cidadão francês a se refugiar em base militar de Port Bouet, distrito de Abidjan
Foto: AP
Soldado francês em blindado patrulha as ruas de Abidjan
Foto: AP
Foto: Terra
Civis caminham com os braços levantados para mostrar que não estão armados, em Abidjan
Foto: EFE
Apoiadores de Laurent Gbagbo fazem passeata ao redor do Palácio Presidencial de Adidjan
Foto: Reuters
Apoiadores de Laurent Gbagbo fazem passeata ao redor do Palácio Presidencial de Adidjan
Foto: Reuters
Soldados pró-Gbagbo policiam entorno do Palácio Presidencial de Abidjan
Foto: Reuters
Foto: Terra
Soldados pró-Gbagbo patrulham de carro ruas da capital da Costa do Marfim após os bombardeios da França e da ONU
Foto: Reuters
Soldado leal ao presidente eleito Ouattara observa rua que corta a capital da Costa do Marfim, Abidjan
Foto: Reuters
Moradores do distrito de Abobo, em Abidjan, passam por carro destruído nos conflitos
Foto: AFP
Moradores carregam seus pertences e deixam a cidade de Abidjan devido aos conflitos
Foto: Reuters
Soldado enviado pela ONU à Costa do Marfim faz patrulha nas ruas de Abidjan
Foto: AP
Carros que foram queimados em conflitos ficaram abandonados nas ruas de Abidjan, capital marfinense
Foto: AP
Foto: Terra
Soldados de Alassane Ouattara chegam a ponto de controle de uma das principais entradas de Abidjan
Foto: AP
Soldados de Alassane Ouattara se preparam para confrontos na chegada a ponto de controle de uma das principais entradas de Abidjan
Foto: AP
Soldados leais a Alassane Ouattara chegam a ponto de controle de uma das principais entradas de Abidjan
Foto: AP
Homens capturados pelas forças leais a Alassane Ouattara, e presos por razões desconhecidas, sentam-se perto de um posto de controle, na entrada principal de Abidjan
Foto: AP
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Soldados leais a Alassane Ouattara, ao lado de homens que foram detidos por razões desconhecidas, chegam à base operacional das forças do presidente reconhecido internacionalmente, em Abidjan
Foto: AP
Soldado aliado a Ouattara mostra cartuchos de munição em uma base operacional de Abidjan
Foto: AP
Prisioneiros são transportados em caminhão pelas forças de Ouattara, em Abidjan
Foto: Reuters
Prisioneiros detidos pelas forças de Ouattara são contados em Abidjan
Foto: Reuters
Moradores passam ao lado de um carro queimado e de soldados leais a Ouattara, em Abidjan
Foto: AP
Moradora passa por soldados leais a Ouattara, que se reuniram para fazer uma refeição, em Abidjan
Foto: AP
Membros da ONU descarregam ajuda de avião enviado do Marrocos, em Duekoue, a 484 km de Abidjan
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Tropas francesas vão para o sul do país; helicópteros franceses atacaram a casa de Laurent Gbagbo em Abidjan
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Fumaça sai da residência de Laurent Gbagbo, depois que tropas francesas invadiram o local e prenderam o ex-presidente
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Fogo atinge uma base naval controlada pelo ex-presidente Laurent Gbagbo, em Abidjan
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Cidadãos libaneses pegam avião de volta para o seu país, fugindo dos conflitos na Costa do Marfim
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Soldados franceses desembarcam de um helicóptero durante operação militar em Abidjan
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Alassane Ouattara, presidente reconhecido internacionalmente, realizou um pronunciamento na TV sobre Gbagbo
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11 de abril - A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, participa de encontro com ministro finlandês em Washington. A captura nesta segunda do ex-homem forte da Costa do Marfim, Laurent Gbagbo, envia um recado a todos os ditadores de que não podem ignorar as vozes de seus povos, afirmou ela
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O soldado Abdoulaye Sanogo (frente) usa uma peruca que ele diz ter pego no quarto de Simone Gbagbo, mulher de Laurent Gbagbo, no bairro Youpougon
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Soldados comemoram a prisão de Laurent Gbagbo bebendo champanhe da casa do ex-líder, em Abidjan
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Fumaça sobre o céu do bairro de Youpougon, em Abidjan, onde tiros foram ouvidos
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Moradores fazem fila para que militares republicanos verifiquem seus documentos, a 20 km de Abidjan
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Em Dakar, no Senegal, home lê capas de jornais em uma banca; várias publicações destacaram a prisão de Laurent Gbagbo
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Presidente Alassane Ouattara se reúne com comandantes no Hotel Golf, em Abidjan, e pede que os combatentes baixem armas após a prisão do ex-líder Laurent Gbagbo, que ser recusava a sair do poder, apesar de derrota nas eleições
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Após prisão do ex-líder Laurent Gbagbo, presidente eleito da Costa do Marfim, Alassane Ouattara, posa para fotos ao lado de comandantes das forças republicanas, no Hotel Golf, em Abidjan
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Ouattara se reúne com o chefe de equipe das forças de Gbagbo, general Philippe Mangou, em Abidjan
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Novo presidente marfinense discursa durante encontro com generais que antes defendiam Gbagbo
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O presidente Alassane Ouattara disse que vai pedir ao Tribunal Penal Internacional (TPI) que investigue as matanças atribuídas a seus seguidores