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Ásia

Partículas radioativas do Japão são detectadas sobre a Islândia

23 mar 2011 - 12h24
(atualizado às 13h36)
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Partículas radioativas supostamente provenientes do Japão foram detectadas sobre a Islândia, segundo as medições feitas pelas estações de isótopos radioativos da comissão preparatória da Organização do Tratado de Proibição Total de Testes Nucleares (CTBTO).

A central de meteorologia da Áustria (ZAMG), que divulgou nesta quarta-feira os dados mais recentes, relata que no domingo passado foram detectadas pequenas quantidades de iodo-131 sobre a Islândia, que supostamente vieram da usina nuclear de Fukushima, danificada no último dia 11 pelo terremoto e posterior tsunami. No entanto, os especialistas austríacos destacam que as quantidades registradas de iodo radioativo na estação de Reykjavik não constituem nenhum tipo de perigo para a saúde humana.

A ZAMG indicou também que na região do desastre as correntes de ar estão transportando radioatividade em direção ao Oceano Pacífico, enquanto as chuvas pararam. Segundo os cálculos da central austríaca, se espera para os próximos dias mais vento em direção oeste, o que levaria as partículas radioativas novamente para o interior do Japão.

A CTBTO, que é dependente da ONU e tem sede em Viena, transmite os dados de suas medições aos 182 Estados-membros, que depois as divulgam caso os países desejem. A organização ainda não se encontra em pleno funcionamento, já que uma série de países com programas nucleares por enquanto não ratificou o tratado, lançado em 1996.

O objetivo é estabelecer uma rede de 337 estações de medições de diferentes tipos, incluindo 80 que podem registrar isótopos radioativos. Por enquanto, a rede conta com 264 estações distribuídas por todo o planeta.

Terremoto e tsunami devastam Japão

Na sexta-feira, 11 de março de 2011, o Japão foi devastado por um terremoto de 9 graus, o maior da história do país. O tremor gerou um tsunami, arrasando inúmeras cidades e províncias da costa nordeste nipônica. Além dos danos imediatos, o país e o mundo convivem com o temor de um desastre nuclear nos reatores de Fukushima. Embora a situação vá se estabilizando, o desfecho e as consequências permanecem incertas.

Juntos, o terremoto e o tsunami já deixaram quase 9 mil mortos e dezenas de milhares de desaparecidos. Os prejuízos materiais devem passar dos US$ 200 bilhões. Em meio a constantes réplicas do terremoto e cortes de energia, o Japão trabalha para garantir a segurança dos sobreviventes, evacuar áreas de risco e, aos poucos, iniciar a reconstrução do país.

EFE   
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