Traços de partículas radioativas do Japão chegam à Islândia
22 mar2011 - 12h13
(atualizado às 12h34)
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Números muito pequenos de partículas radioativas, supostamente vindas da usina nuclear danificada de Fukushima, no Japão, foram detectados na Islândia, disseram fontes diplomáticas nesta terça-feira.
As autoridades deixaram claro que os traços, medidos por uma rede internacional de estações de monitoramento, eram muito pequenos. As partículas se espalharam do Japão para o leste, atravessando o Pacífico, a América do Norte, o Atlântico, e a Europa, mas os índices eram muito baixos para ter qualquer efeito prejudicial nos seres humanos.
"É apenas uma questão de dias antes que (as partículas) dispersem para o hemisfério norte inteiro", disse Andreas Stohl, cientista no Instituto Norueguês de Pesquisa do Ar. "Na Europa, não haverá preocupações para a saúde humana."
A Organização do Tratado de Proibição Total de Testes Nucleares (CTBTO, sigla em inglês), entidade da ONU criada para monitorar possíveis violações da proibição de testes para bombas atômicas, tem 63 estações de monitoramento pelo mundo para observar tais partículas, inclusive na capital da Islândia, Reykjavik.
Terremoto e tsunami devastam Japão
Na sexta-feira, 11, o Japão foi devastado por um terremoto que, segundo o USGS, atingiu os 8,9 graus da escala Richter, gerando um tsunami que arrasou a costa nordeste nipônica. Fora os danos imediatos, o perigo atômico permanece o maior desafio. Diversos reatores foram afetados, e a situação é crítica em Fukushima, onde existe o temor de um desastre nuclear.
Juntos, o terremoto e o tsunami já deixaram mais de 8,9 mil mortos e dezenas de milhares de desaparecidos. Além disso, os prejuízos já passam dos US$ 200 bilhões. Em meio a constantes réplicas do terremoto, o Japão trabalha para garantir a segurança dos sobreviventes e, aos poucos, iniciar a reconstrução das áreas devastadas.
A ameaça de contaminação por radioatividade, depois que a usina nuclear de Fukushima foi danificada no tremor do dia 11, lotou mais de 40 abrigos na cidade; homem chora ao relatar drama
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Dos 4,8 mil refugiados da cidade, cerca de 70% (3,3 mil) são pessoas que moravam muito próximo da usina nuclear na costa da província
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
O contabilista Akihiko Satoh prefere estar abrigado no ginásio da escola Nishi, com mais uma centena de pessoas, do que em sua casa em Minamisoma
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Muitos que estão nos abrigos tiveram as residências danificadas ou ficaram sem energia, gás e água
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
A escola mantém atualmente 138 pessoas - já recebeu 250, mas parte delas já foi embora para ainda mais longe dos reatores
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Masao Omuro, 73 anos, morava a 3 km dos reatores nucleares e foi levado por um ônibus do governo junto com a mulher, um filho e um neto para o abrigo
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Abrigo conta até com uma mini biblioteca para os refugiados
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Pessoas assistem ao noticiário no abrigo de Fukushima
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Lixos são separados para reciclagem
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Um homem descansa no abrigo japonês
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Uma voluntária do abrigo lê um jornal do Japão
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Mensagem em uma mesa diz: "Força, Japão"
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Mulher tenta furar uma maçã com os hashis, principal ferramenta usada pelo orientais para alimentação
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Aquecedor destinado aos refugiados
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Japoneses recebem alimentação no abrigo de Fukushima
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Crianças se distraem jogando videogame
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Mulher lê jornal; periódicos são distribuídos para os refugiados
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Com o frio, idosa se protege com um cobertor no abrigo da escola Nishi
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Idosa descansa no abrigo de Fukushima
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Mãe cuida de seu filho no abrigo de Fukushima
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Criança chora pedindo pela mãe no abrigo da escola Nishi
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Homem recebe indicação de uma notícia no jornal no abrigo de Fukushima
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