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Europa

Cidadãos em ilha italiana bloqueiam desembarque de imigrantes

18 mar 2011 - 16h02
(atualizado às 16h25)
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Um grupo de 100 cidadãos da ilha italiana de Lampedusa bloqueou o atraque de uma embarcação da Capitania dos Portos com 116 imigrantes socorridos em alto-mar, informaram fontes da Guarda Litorânea. A imprensa local informou que os manifestantes bloqueiam o acesso ao porto de outras quatro embarcações da Guarda costeira, com 250 pessoas a bordo no total.

Cada vez que a embarcação da Capitania se aproxima do ponto de atraque, os manifestantes ameaçam se jogar na água para impedir seu acesso.

Entre os que protestam pelo desembarque de imigrantes na ilha está o ex-assessor da Prefeitura Antonio Pappalardo, contrário à chegada e permanência de novos refugiados africanos, que já somam 3 mil pessoas em um centro de amparada com capacidade para pouco mais de 800.

Segundo informa a imprensa local, um médico conseguiu subir a bordo para comprovar o estado de saúde dos ocupantes e permitiu o desembarque de mulheres, crianças e pessoas que não se encontravam em boas condições de saúde.

A Guarda Litorânea recuperou nesta sexta-feira os corpos, em avançado estado de decomposição, de duas pessoas que acredita-se que morreram tentando chegar às costas italianas nos últimos dias, assegura a imprensa local.

Os corpos foram recuperados na ilha de Lampione, no arquipélago da Pelágias, ao que também pertence Lampedusa, depois que um grupo de pescadores os encontrasse.

O prefeito de Lampedusa Bernardino de Rubeis alertou da falta de água potável na região.

"Temos água suficiente só até esta noite e depois não terá nem para os residentes", disse Rubeis em declarações publicadas pela imprensa local.

Além disso, nesta sexta-feira foram transferidos os primeiros imigrantes ilegais que solicitam o asilo político à chamada "aldeia de solidariedade" da localidade siciliana de Mineo, na província de Catânia, um antigo complexo residencial militar que o Governo da Itália adaptou para amparar imigrantes.

EFE   
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