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Ásia

Sarkozy defende uso de energia nuclear na França

16 mar 2011 - 11h23
(atualizado às 12h19)
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O presidente da França, Nicolas Sarkozy, defendeu nesta quarta-feira a "pertinência" da opção por energia nuclear como fonte de abastecimento do país em uma declaração sobre a situação no Japão. Sarkozy assegurou que essa escolha da França, que tem 58 reatores distribuídos nas 19 usinas nucleares do país, é "inseparável" do compromisso de garantir um "nível muito alto de segurança" em todas as instalações.

O presidente francês disse que a "excelência técnica, o rigor, a independência e a transparência" de seu dispositivo de segurança "são reconhecidos no mundo todo".

Acrescentou que as "lições" que a França tira da situação que o Japão vive desde o terremoto e o tsunami de 11 de março se traduzem em uma "revisão completa dos sistemas de segurança" de suas usinas nucleares.

"Este trabalho se tornará público. O Governo se compromete a isso. Além disso, a França fornece seu apoio total à iniciativa similar lançada a nível europeu", acrescentou.

Sarkozy manifestou seu desejo de se intensificar "o esforço de harmonização e melhoria das normas de segurança a nível europeu e internacional".

"A política energética é uma aposta essencial do debate público. A nível nacional, o Governo deve escutar todos os atores e considerar suas propostas para otimizar nossa política energética", acrescentou o chefe do Estado.

Sarkozy disse ainda que, como presidente rotativo do Grupo dos Vinte (G20, formado pelos países mais ricos e os principais emergentes), a França tomará a iniciativa de reunir nas próximas semanas os ministros de Energia e Economia "para um debate sobre as grandes opções energéticas para o futuro".

A declaração do presidente francês precede o debate, anunciado para a tarde desta quarta-feira na Assembleia Nacional francesa, sobre a questão nuclear.

Desse debate público, cujo início está previsto para as 15h30 no horário local (11h30 de Brasília), participarão os ministros de Indústria, Éric Besson e Meio Ambiente, Nathalie Kosciusko-Morizet, além de representantes da indústria nuclear do país.

EFE   
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