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Europa

Executivo de coalizão irlandês oferece "força e estabilidade"

6 mar 2011 - 17h36
(atualizado às 18h15)
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O próximo primeiro-ministro irlandês, o conservador Enda Kenny, do Fine Gael (FG), assegurou neste domingo que o Executivo de coalizão que formará com o Partido Trabalhista se caracterizará por sua "força e estabilidade" na hora enfrentar a crise econômica.

Kenny, cujo partido ganhou as eleições da semana passada, fez essas declarações depois que deputados e senadores de sua formação respaldaram majoritariamente o plano do governo elaborado com os trabalhistas de Eamon Gilmore após seis dias de intensas negociações.

Uma reunião também realizada neste domingo em Dublin pelo Partido Trabalhista, na qual tinham direito a voto cerca de mil delegados, deu o respaldo ao acordo na noite passada pelas equipes negociadores das duas formações.

"Estamos desejando que se confirme na próxima quarta-feira a formação de um governo que ofereça um governo estável e forte para a Irlanda e sua gente", disse Kenny em referência ao dia designado para que o parlamento lhe ratifique como primeiro-ministro.

Por sua parte, Gilmore indicou que a maioria dos delegados trabalhistas respaldaram a decisão de compartilhar o poder com os conservadores, como já fizeram entre 1994 e 1997, embora reconhecesse que se ouviram durante a reunião "vozes dissidentes".

Durante seu discurso perante as bases do partido, o líder trabalhista assinalou que o novo programa de governo não representa em sua totalidade seu manifesto eleitoral, mas também não ao do FG, o que sim é, disse, um plano que se afasta totalmente das políticas do Executivo saliente.

O eleitorado irlandês castigou duramente o ainda partido governante Fianna Fáil (FF), ao responsabilizá-lo pela profunda crise que afeta este país.

Sua gestão deixou o Estado à beira da quebra, razão pela qual em dezembro passado a União Europeia (UE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI) ofereceram um resgate financeiro à Irlanda avaliado em 85 bilhões de euros.

Kenny e Gilmore se comprometeram a renegociar com seus parceiros comunitários algum dos termos do resgate, como por exemplo as taxas de juros impostos para devolver o empréstimo.

EFE   
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