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Brasil e China analisarão estímulo nas relações econômicas em visita de Dilma

4 mar 2011 - 09h35
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Brasil e China querem impulsionar suas relações econômicas e comerciais em benefício mútuo e, para isso, será muito importante a visita da presidente Dilma Rousseff em abril, a primeira fora da América Latina, disse nesta sexta-feira o ministro das Relações Exteriores Antonio Patriota.

Segundo Patriota, a ênfase das conversas que manteve em Pequim com o primeiro-ministro, Wen Jiabao, o chanceler Yang Jiechi, e o ministro do Comércio, Chen Deming, em preparação para a visita, foi como conseguir benefício mútuo no desenvolvimento.

"A China é um mercado gigantesco e fonte de investimento, e sabe que o Brasil quer diversificar suas exportações à China e atrair o investimento do gigante asiático para a produção de valor agregado, em tecnologia verde, por exemplo, assim como em infraestruturas", disse o ministro à imprensa.

"O Brasil quer aumentar as exportações à China (atualmente a maioria são de minério de ferro e soja em um comércio de US$ 56 bilhões em 2010, com superávit para o Brasil de US$ 5 bilhões) e também trazer empresas brasileiras", acrescentou.

"Analisamos como melhorar as relações econômicas e comerciais, os investimentos e as relações entre os respectivos Bancos de Desenvolvimento, com perspectivas promissoras. O dinamismo econômico do Brasil e da América Latina em geral e da China oferecem muitas oportunidades", acrescentou.

A associação estratégica sino-brasileira pode ser estimulada em muitas áreas e os dois países concordam com isso, destacou.

Patriota reconheceu que existem divergências, como a taxa de câmbio (do iuane) e a preocupação de setores industriais (brasileiros) pelas exportações de manufaturas chinesas.

Sobre colaborações tecnológicas pontuais, como é o caso da aeronáutica com a Embraer, um dos maiores fabricantes do mundo instalado na China, o ministro destacou que existe um legado tecnológico que deve servir para desenvolver a colaboração.

Patriota disse que também analisou com as autoridades chinesas a colaboração na Rodada de Doha da Organização Mundial do Comércio (OMC), no grupo Brics (que ambos integram com a Rússia, a Índia e África do Sul), na mudança climática e no Conselho de Segurança da ONU, que foi presidido pelo Brasil no mês passado e agora é dirigido pela China.

"Ambos os países são membros do G20 e para a cúpula deste ano em Cannes (França) esperamos uma boa coordenação na 3ª cúpula do Brics que será realizada na ilha de Hainan em abril, e na qual Dilma estará presente", concluiu.

EFE   
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