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Oceania

Nova Zelândia permitirá entrada do grupo ecologista Sea Shepherd

19 fev 2011 - 07h50
(atualizado às 08h52)
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O governo da Nova Zelândia anunciou neste sábado que permitirá a entrada em seus portos dos navios do grupo ecologista Sea Shepherd, que obrigou o Japão a suspender a atual temporada de caça de baleias na Antártida.

O anúncio ocorre no dia seguinte ao pedido do país às autoridades japonesas à Austrália, Nova Zelândia e Holanda para adotarem medidas para frear os ativistas e proíba ataques aos seus navios em seus territórios.

O ministro de Exteriores neozelandês, Murray McCully, assinalou à rádio Zealand que seu país não tem motivos para restringir a entrada dos navios dos ativistas e acrescentou que não tem jurisdição sobre o que ocorre em alto-mar. "Não podemos ser policiais, não temos autoridade legal para atuar contra nenhum deles", sentenciou McCully.

Os navios Sea Shepherd atracam com regularidade nos portos da Austrália e Nova Zelândia, e duas embarcações do grupo navegam com bandeira da Holanda.

Na quarta-feira passada, a Agência de Pesca japonesa anunciou, após vários confrontos com os ativistas, a suspensão da atual temporada de caça da frota baleeira na Antártida, que começou em dezembro e devia terminar em março.

O Sea Shepherd começou sua campanha contra os baleeiros japoneses em águas da Antártida em 2005, e desde então tem sabotado a pesca dos cetáceos com diversas abordagens, como lançamento de ácidos corrosivos e ativistas presos aos seus navios.

Formada por quatro navios, a frota japonesa capturou nesta temporada 170 baleias minke, bem menos da cota de 850 estabelecidas, e duas baleias azuis, da previsão de 50. O Japão defende que caça por motivos científicos, embora a carne de baleia seja consumida abertamente nos restaurantes do país.

EFE   
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