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Europa

Berlusconi despreza protesto de mulheres e se nega a renunciar

14 fev 2011 - 08h39
(atualizado às 11h00)
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O primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, disse nesta segunda-feira que não tem intenção alguma de renunciar e desprezou uma manifestação realizada no final de semana por milhares de mulheres em toda a Itália contra seu envolvimento em um escândalo sexual.

Manifestação contra primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, satiriza escândalo sexual do político
Manifestação contra primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, satiriza escândalo sexual do político
Foto: AFP

Centenas de milhares de mulheres participaram de protestos no domingo para defender sua dignidade e protestar contra o escândalo de prostituição, de envolvimento de Berlusconi com uma menor, que abalou o governo de centro-direita do primeiro-ministro, de 74 anos.

O magnata bilionário da mídia disse em sua rede Canale 5 que os protestos eram o trabalho de seus opositores políticos e negou que houvesse desrespeitado as mulheres.

"Eu vi as forças partidárias de sempre mobilizadas contra mim por uma ala da esquerda que usa qualquer pretexto para criticar um adversário que não consegue derrotar nas eleições", disse ele em seu programa matutino.

"Todas as mulheres que tiveram a oportunidade de me conhecer sabem o quanto eu as respeito. Eu sempre me comportei e sempre me comporto com grande carinho e grande respeito, tanto com as minhas companheiras quanto com o meu governo."

"Sempre tentei agir de forma que cada mulher se sinta especial", afirmou.

Os protestos de domingo incluíram diversas figuras de liderança da oposição de centro-esquerda e muitas mulheres conservadoras de meia-idade, grupo que tradicionalmente apoiou o premiê.

Berlusconi disse que o governo não renunciaria por causa dessa questão, o que potencialmente abriria caminho para novas eleições.

Promotores de Milão pediram que Berlusconi seja julgado sob acusações de que ele teria pagado para ter relações sexuais com uma jovem menor de 18 anos - um crime na Itália - e de que ele pressionou a polícia de forma imprópria para libertá-la da detenção após acusações de roubo. A decisão sobre o pedido deve ser divulgada no começo desta semana.

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