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Ásia

Asean: Tailândia e Camboja devem resolver disputa com diálogo

8 fev 2011 - 09h58
(atualizado às 10h43)
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A Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean) disse nesta terça-feira que Tailândia e Camboja devem resolver sua disputa de fronteira de maneira bilateral e através do diálogo depois que tropas dos dois países tenham se enfrentado durante quatro dias.

O Ministro de Assuntos Exteriores da Indonésia, Marty Natalegawa, disse que as conversas são fundamentais para prevenir novos choques entre os dois países, membros da Asean.

"Os dois países devem resolver o problema entre eles através do diálogo e das negociações", disse Natalegawa depois de se reunir em Bangcoc com o ministro de Exteriores tailandês.

"Ao mesmo tempo sempre haverá espaço para que a Asean apoie estes esforços bilaterais", disse o ministro de Exteriores da Indonésia, país que este ano ostenta a Presidência rotatória da organização.

Camboja pediu na segunda-feira às Nações Unidas o desdobramento de Forças de paz para prevenir novos enfrentamentos enquanto Tailândia acusou a Phnom Penh de tentar "internacionalizar" uma disputa que, segundo Bangcoc, deve resolver-se de maneira bilateral.

Os dois países assinaram em 2000 um memorando de entendimento para criar uma comissão bilateral que se encarrega de delimitar a fronteira.

Natalegawa iniciou na segunda-feira uma viagem para Phnom Penh e Bangcoc após o quarto dia de combates em uma zona da fronteira que reivindicam Camboja e Tailândia.

O choque causou pelo menos oito mortes, 80 feridos e, segundo as autoridades cambojanas, destroços no templo de Preah Vihear, declarado Patrimônio da Humanidade pela Unesco em 2008, situado no limite territorial.

A última vítima foi um soldado tailandês que morreu nesta terça-feira no hospital por causa dos ferimentos que sofreu no domingo, segundo informou o jornal "Bangcoc Post".

Depois de se reunir com o ministro de Exteriores cambojano, Natalegawa disse que esperava que o cessar-fogo pactuado no sábado seja melhor respeitado.

Asean aspira à integração regional em 2015 de seus países membro: Mianmar, Brunei, Camboja, Filipinas, Indonésia, Laos, Malásia, Cingapura, Tailândia e Vietnã.

"Na véspera da Comunidade Asean em 2015 as armas devem permanecer silenciosas no Sudeste Asiático", disse Natalegawa.

EFE   
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