Execuções no Irã disparam em 2011, diz ONU
O Irã está tendo um dramático aumento no número de execuções em 2011, disse na quarta-feira a alta comissária de Direitos Humanos da ONU, Navi Pillay, enquanto assessores dela revelaram que a cifra é o triplo do registrado no mesmo período do ano passado.
Pillay disse que 66 pessoas, incluindo pelo menos três dissidentes políticos, foram executados em janeiro. Em todo o ano passado, o Alto-Comissariado de Direitos Humanos da ONU registrou 300 execuções no Irã.
"Pedimos ao Irã, reiteradamente, que suspenda as execuções," disse Pillay em nota divulgada na sede europeia da ONU, em Genebra.
"Estou muito chocada pelo fato de que, ao invés de ter atendido aos nossos apelos, as autoridades iranianas parecem ter ampliado o uso da pena de morte."
Seu porta-voz Rupert Colville disse que um monitoramento de relatos da imprensa e de autoridades iranianas revelou que, no ano passado, havia entre 18 e 25 execuções por mês. "Então neste ano é o triplo daquela taxa," disse ele à Reuters.
A sul-africana Pillay se disse muito preocupada com o grande número de condenados à morte, o que inclui prisioneiros políticos e até menores infratores.
"Dissidência não é crime," disse ela. "É absolutamente inaceitável que indivíduos sejam aprisionados por associação com grupos de oposição, e ainda mais que sejam executados por suas visões ou afiliações políticas."
-qhnutbnyy629.JPG)
Reuters - Esta publicação inclusive informação e dados são de propriedade intelectual de Reuters. Fica expresamente proibido seu uso ou de seu nome sem a prévia autorização de Reuters. Todos os direitos reservados.
