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Temendo "efeito Tunísia", Egito bloqueia o Twitter no país

25 jan 2011 - 17h38
(atualizado em 28/1/2011 às 22h25)
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Em um aparente esforço para minimizar o poder de mobilização da população, o governo do Egito está tentando censurar o Twitter e outros sites no país. Milhares de pessoas estão nas ruas do Cairo e de outras cidades para protestar contra o governo de Hosni Mubarak. Com a iniciativa, as autoridades procuram evitar o que aconteceu na Tunísia, onde muitas manifestações foram organizadas pelo serviço de microblog e pelo Facebook.

Manifestantes se reuniram em protesto inspirado pelo levante na Tunísia que levou à destituição de Ben Ali
Manifestantes se reuniram em protesto inspirado pelo levante na Tunísia que levou à destituição de Ben Ali
Foto: AFP

Há informações de que quase 100 mil pessoas aderiram à página de protestos na rede social mais utilizada no mundo, segundo o Christian Science Monitor. No Twitter, as pessoas usaram as hashtags #Jan25, #EgyRevolt e #Egypt nos posts em que disponibilizaram fotos, vídeos e informações sobre o que estava acontecendo nas ruas do Cairo. No entanto, internautas de mundo inteiro estão denunciando o bloqueio do Twitter no Egito.

Na Tunísia, as redes sociais foram decisivas para a queda de Zine Al-Abidine Ben Ali, no dia 14 de janeiro, segundo analistas. Durante as semanas de violência e manifestações da população contra a corrupção, altas dos preços, desemprego e falta de democracia, vídeos começaram a aparecer no Facebook e Twitter mostrando a repressão imposta pelas forças de segurança do governo da Tunísia. O governo chegou a bloquear sites como o YouTube, mas ignorou a força das redes sociais, que se tornaram uma ferramenta de mobilização e divulgação dos protestos.

Fonte: Redação Terra
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