Secessão do Sudão é 'praticamente certa', diz organização
17 jan2011 - 08h55
(atualizado às 09h05)
Compartilhar
O Centro Carter, que supervisionou o referendo de independência do Sudão do Sul, realizado entre 9 e 15 de janeiro, indicou que a votação ocorreu "de maneira geral, dentro das normas internacionais", e afirmou que a secessão parece "praticamente certa".
"De maneira geral, o processo de referendo foi um sucesso e obedeceu às normas internacionais", disse o Centro Carter em um comunicado.
"De acordo com as primeiras informações sobre o pleito, parece praticamente certo que os resultados são favoráveis a uma secessão", afirmou a organização, dirigida pelo ex-presidente americano Jimmy Carter.
Referendo do Sul: passado e futuro em jogo
A população da porção sul do Sudão foi às urnas no referendo que votou a autonomia da região. A expectativa geral é de que o 'sim' saia vencedor, resultado que deve levar à secessão do resto do país e a criação de uma nova nação: o Sudão do Sul, com capital em Juba e presidido por Salva Kiir.
O referendo estava previsto desde janeiro de 2005, quando foi assinado o Tratado de Naivasha. Também conhecido como Amplo Acordo de Paz, o tratado colocou fim a um conflito de 21 anos travado entre o norte sudanês, predominantemente árabe, e rebeldes do sul, região miscigenada e parcialmente cristã. Durante este período, iniciado em 1983, cerca de dois milhões de pessoas morreram.
Apesar da boa expectativa que teve a realização do referendo, muito deve ainda acontecer depois dele. O presidente sudanês, Omar al-Bashir, garantiu que aceitará o resultado da votação, mas ainda é incerto o futuro das relações entre norte e sul. Por trás do conflito está a disputa pelo controle da maior riqueza natural do país, uma reserva de milhões de barris de petróleo, localizada justamente na faixa central do Sudão.
Homem carrega bandeira durante manifestação de apoio ao referendo para a independência do sul, em Juba
Foto: AFP
Sudaneses do sul marcham para mobilizar eleitores no plebiscito do próximo domingo
Foto: AFP
Mulheres e crianças demonstram alegria pela confirmação do referendo
Foto: AFP
O ex-presidente americano, Jimmy Carter (dir.) concede entrevista à imprensa ao lado do chefe da comissão que coordena o Referendo, Mohamed Osman al-Nujomi
Foto: AFP
Membros da Unamid carregam urnas que serão utilizadas no plebiscito
Foto: AFP
Cidadão do sul do Sudão estampa o 'voto' a favor da separação da sua região do restante do país
Foto: AFP
O ex-presidente americano Jimmy Carter deixa o escritório presidencial, em Cartum, após uma reunião com o presidente sudanês Omar al-Bashir
Foto: AFP
O ator americano e ativista George Clooney concede entrevista em Juba. O ator acompanha a realização do plebiscito
Foto: AP
Salva Kiir votou na capital do sul do Sudão
Foto: EFE
Quase quatro milhões de eleitores do Sul do Sudão votarão em um referendo sobre divisão da maior nação da África em dois
Foto: AFP
Mulher do sul do Sudão, da tribo Nuer, mostra seu cartão de registro eleitoral enquanto espera em uma fila do lado de fora de uma seção eleitoral em Bentiu para votar no primeiro dia do referendo
Foto: AFP
O ator e ativista americano George Clooney é visto do lado de fora de uma seção eleitoral em Juba, capital da região autônoma do Sudão do Sul
Foto: AFP
Mulheres sudanesas fazem fila em uma seção eleitoral para votar no referendo em Bentiu
Foto: AFP
Prisioneiro do Sudão do Sul vota no referendo na cadeia Kober, em Cartum
Foto: AFP
Sudão - 7h30 - Sudaneses fazem fila para votar no referendo separatista em Juba, capital do Sudão do Sul
Foto: AP
Sudaneses fazem fila para votar no referendo separatista em Juba, capital do Sudão do Sul
Foto: AP
Ajah Dau Akec, uma policial do sul do Sudão, registra-se antes de votar em uma seção eleitoral em Juba, no segundo dia do referendo sobre a independência
Foto: AFP
Homens do sul do Sudão esperam em uma fila para votar no referendo que decide a autonomia do sul do país, em Juba
Foto: AFP
Soldados esperam em uma fila para votar no referendo em uma seção eleitoral em Juba