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Conflitos deixam 32 mortos na fronteira Camarões-Nigéria

16 jan 2011 - 15h03
(atualizado em 19/6/2018 às 10h51)
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Pelo menos 32 pessoas morreram desde a semana passada em confrontos tribais na região de fronteira entre Camarões e Nigéria, informou neste domingo a Rádio Nacional camaronesa. Os protagonistas dos choques armados são membros das tribos essimbi e bawuru, ambas pertencentes à etnia mesaka, originais dos dois países, indica a emissora. Os enfrentamentos começaram no último dia 8, depois do assassinato de um pescador nigeriano que tinha passado o Natal em território camaronês.

No último dia 8, quatro camaroneses foram sequestrados por homens desconhecidos, supostamente nigerianos, aparentemente em represália pela morte do pescador, assinala a rádio, que cita fontes do Ministério da Defesa de Camarões. Após ter solicitado sem sucesso às autoridades camaronesas que prendessem o autor do crime, grupos tribais nigerianos preferiram fazer justiça com as próprias mãos. Em 11 de janeiro, eles atacaram as aldeias do noroeste de Camarões e mataram 20 pessoas.

O ministro da Defesa camaronês, Edgar Alain Mebe Ngo'o, se deslocou neste domingo à região para tomar conhecimento de primeira mão sobre as circunstâncias dos últimos enfrentamentos entre os essimbi e bawuru, que mantêm rivalidades ancestrais pela posse das terras e o uso de água tanto em Camarões como na Nigéria.

Toda a área de fronteira comum é objeto de disputas territoriais há muito tempo entre os dois países, especialmente a península de Bakassi, rica em petróleo e minerais, que foi entregue pela Nigéria a Camarões em 2006, em cumprimento a uma sentença da Corte Internacional de Justiça (CIJ), de Haia. Em 1980, os dois países estiveram à beira da guerra pela disputa da região.

EFE   
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