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Mundo

ONU condena ataques de seguidores de Gbagbo a seus veículos

13 jan 2011 - 18h38
(atualizado às 19h50)
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O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, condenou nesta quinta-feira os ataques realizados pelas forças leais ao presidente de fato da Costa do Marfim, Laurent Gbagbo, em Abidjan contra seis veículos das forças internacionais de paz no país. Ban expressou sua preocupação porque forças "regulares e irregulares leais a Gbagbo começaram a atacar e queimar veículos das Nações Unidas", disse seu porta-voz, Martin Nesirky.

Simpatizantes do líder da oposição Alassane Quattara protestam na capital Abidjã, neste sábado pela manhã, contra a alteração do resultado das eleições marfinenses
Simpatizantes do líder da oposição Alassane Quattara protestam na capital Abidjã, neste sábado pela manhã, contra a alteração do resultado das eleições marfinenses
Foto: Schalk van Zuydam / AP

A mesma fonte afirmou nesta quinta-feira que se contabilizaram em Abidjan seis incidentes, que deixaram um veículo militar do organismo internacional incendiado e feriram um médico que andava em uma ambulância e o motorista. O principal responsável da ONU condenou esses ataques, da mesma forma que os de quarta-feira contra um comboio da missão da organização no país africano (Unoci) no bairro de Abobo, na capital.

"O secretário-geral também condena o uso contínuo da Radiodiffusion Télévision Ivoirienne (RTI) para instigar a violência contra a missão de paz da ONU", disse o porta-voz. Mais uma vez, Ban "advertiu os responsáveis pela organização e realização desses ataques que terão que responder perante a justiça".

"Sob a lei internacional, os ataques contra as forças internacionais de paz e a destruição de propriedades destinadas à proteção de civis constituem um delito", acrescentou Nesirky. Em Abidjan, o presidente Gbagbo - que se recusa a deixar o cargo desde que perdeu as eleições para Alassane Ouattara -, declarou na quinta-feira toque de recolher até o próximo sábado nos bairros populares de Abobo e Anyama.

Desde quarta-feira, os dois bairros estão cercados por tropas das forças de segurança, com tanques, veículos blindados e um grande número de soldados, afirmou a polícia. Por sua vez, os ex-rebeldes das Forças Novas - que controlam o norte do país e defendem a sede provisória do Governo de Ouattara, no Hotel Golf, em Abidjan - negaram qualquer relação com os fatos.

A subsecretária geral da ONU para Assuntos Humanitários, Valerie Amos, advertiu nesta quinta-feira para as consequências humanitárias que a violência está trazendo para o país, de onde 23,5 mil marfinenses já saíram, em sua maioria rumo à Libéria. "Esta crise ameaça as vidas de milhares de marfinenses. Necessitamos de uma solução pacífica e rápida para o país e a região", disse a subsecretária.

Valerie afirmou ainda que a maior parte dos deslocados na região ocidental da Costa do Marfim é de mulheres, crianças e idosos. Ela acrescentou que há denúncias de "sérias violações dos direitos humanos em todo o país".

EFE   
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