Assange se apresenta a tribunal para audiência sobre extradição
11 jan2011 - 06h52
(atualizado às 09h15)
Compartilhar
O fundador do site WikiLeaks, Julian Assange, compareceu nesta terça-feira a um tribunal de Londres como parte do processo de extradição para a Suécia, país que o reclama para ser interrogado sobre supostos delitos de agressão sexual.
Assange, detido em Londres em 7 de dezembro, foi na manhã desta terça-feira ao tribunal de Belmarsh para uma audiência de rotina preparatória para a audiência completa sobre a extradição, o que acontecerá em 7 e 8 de fevereiro.
O juiz Nicholas Evans presidirá a audiência, indicaram fontes judiciais nesta terça-feira. Depois de nove dias detido na prisão de Wandsworth, no sul de Londres, o fundador do WikiLeaks foi posto em liberdade condicional após pagar fiança de 240 mil libras (276 mil euros).
Como parte das condições para a liberdade condicional, Assange teve que permanecer na mansão de um amigo seu, Vaughan Smith, em Suffolk, no leste da Inglaterra.
Assange, cujo portal revelou milhares de documentos confidenciais do governo dos Estados Unidos, negou as acusações das autoridades suecas, que querem interrogá-lo por supostos delitos sexuais cometidos no país em agosto do ano passado.
Em reunião com a embaixadora americana Liliana Ayalde, o ministro das Relações Exteriores paraguaio Hector Lacognata disse que o vazamento "é uma questão delicada, que requer prudência"
Foto: Reuters
O ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Guido Westerwelle, qualificou o vazamento como uma "atuação lamentável", que espera que não traga consequências para "a segurança da Alemanha e de seus aliados"
Foto: AP
Hillary afirmou que o Departamento de Estado tomará "medidas agressivas" para responsabilizar quem roubou as informações
Foto: AP
Mahmoud Ahmadinejad acredita que a "conspiração" não vai afetar as relações entre os países árabes
Foto: AP
O premiê israelense, Benjamin Netanyahu, disse que os vazamentos do WikiLeaks oferecem uma prova clara de que o mundo árabe concorda com a avaliação de Israel de que o Irã é o principal perigo para o Oriente Médio. Netanyahu afirmou que os documentos divulgados revelam que Israel e os países árabes moderados têm muito mais em comum do que reconhecem publicamente. "A maior ameaça contra a paz mundial provém do armamento nuclear do regime iraniano", acrescentou
Foto: Reuters
O secretário de imprensa dos EUA, Robert Gibbs, disse que a Casa Branca condena os vazamentos, que qualificou de "irresponsáveis" e disse que eles colocam a vida de diplomatas em risco