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Urnas fecham no 1º dia de plebiscito no sul do Sudão

9 jan 2011 - 22h29
(atualizado às 22h48)
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Os centros de votação no sul do Sudão fecharam a partir das 17h (horário local, 12h de Brasília), na primeira jornada de um plebiscito de autodeterminação que se prolongará durante sete dias.

infográfico info sudão referendo
infográfico info sudão referendo
Foto: AFP

Fontes do Birô do Plebiscito do Sul do Sudão (SSRB, na sigla em inglês) disseram que não dispunham de números de participação, mas assinalaram que a assistência às urnas tinha sido em massa, com longas filas que se formaram em toda a região desde as primeiras horas do dia.

Entre este domingo e o dia 15 de janeiro 3,9 milhões de habitantes do sul do Sudão decidirão se querem continuar unidos ao norte ou formar uma nova nação. As pesquisas indicam que a secessão será escolhida sem maiores problemas.

"Todo mundo queria vir no primeiro dia, é por isso que se viram os centros de votação tão repletos", disse à emissora local "Rádio Mireya" uma das responsáveis pelo SSRB, Mary Justo Tombe.

Mary acrescentou que tudo tinha transcorrido sem problemas e que só tinha sido registrado um ou outro incidente menor.

A legislação eleitoral estabelece que se não for conseguida uma participação nas urnas de 60%, a decisão que sair no plebiscito será cancelada.

Uma vez cumprido o horário, os materiais nos centros de votação foram selados, e voltarão a ser colocados nesta segunda-feira a partir das 8h (3h de Brasília), para continuar com a segunda das sete jornadas de votação.

Um porta-voz militar disse à Agência Efe que até o início desta tarde não tinha recebido nenhum relatório de incidentes armados no sul do Sudão.

Referendo do Sul: passado e futuro em jogo

Neste domingo, 9 de janeiro de 2011, a população da porção sul do Sudão vai às urnas no referendo que vota a autonomia da região. A expectativa geral é de que o 'sim' saia vencedor, resultado que deve levar à secessão do resto do país e a criação de uma nova nação: o Sudão do Sul, com capital em Juba e presidido por Salva Kiir.

O referendo está previsto desde janeiro de 2005, quando foi assinado o Tratado de Naivasha. Também conhecido como Amplo Acordo de Paz, o tratado colocou fim a um conflito de 21 anos travado entre o norte sudanês, predominantemente árabe, e rebeldes do sul, região miscigenada e parcialmente cristã. Durante este período, iniciado em 1983, cerca de dois milhões de pessoas morreram.

Apesar da boa expectativa para a realização do referendo, muito deve ainda acontecer depois dele. O presidente sudanês, Omar al-Bashir, garantiu que aceitará o resultado da votação, mas ainda é incerto o futuro das relações entre norte e sul. Por trás do conflito está a disputa pelo controle da maior riqueza natural do país, uma reserva de milhões de barris de petróleo, localizada justamente na faixa central do Sudão.



EFE   
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