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Mundo

Sudão: governo continuará mesmo com independência do sul

7 jan 2011 - 16h43
(atualizado às 17h46)
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O presidente sudanês, Omar al-Bashir, afirmou nesta sexta-feira que a separação do sul do Sudão não significará o fim de seu governo, caso a região meridional opte pela independência no plebiscito do próximo dia 9.

Homem carrega bandeira do Sudão do Sul durante manifestação de apoio ao referendo para a independência do sul, em Juba
Homem carrega bandeira do Sudão do Sul durante manifestação de apoio ao referendo para a independência do sul, em Juba
Foto: AFP

"As pessoas que consideram que a separação do sul será o fim de nosso governo são muito fantasiosas. Isso significará uma nova etapa e uma nova revolução", assegurou al-Bashir em discurso perante seguidores durante a inauguração de uma ponte no norte de Cartum. Além disso, ressaltou que não vai voltar atrás na aplicação da sharia, ou lei islâmica, se o sul do Sudão escolher a independência.

No dia 19 de dezembro al-Bashir anunciou que o norte mudaria a Constituição para que a lei islâmica seja sua principal fonte no caso de autodeterminação do sul, e insistiu que "não se falará então da variedade de culturas, nem de etnias ou religiões".

O norte do Sudão, de maioria muçulmana, e o sul, predominantemente cristão e animista, travaram uma guerra de 20 anos que terminou com um acordo de paz em 2005 que estipulava tanto a realização das eleições gerais de abril como o plebiscito sobre a independência do sul no início de 2011.

Mais de dois milhões de pessoas morreram nesse conflito, que começou em 1983 quando o regime de Cartum impôs a lei islâmica em todo o país e os sulinos se rebelaram.

EFE   
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