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Mundo

EUA tentam aumentar sanções da ONU sobre Costa do Marfim

6 jan 2011 - 20h44
(atualizado às 21h15)
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A embaixadora dos EUA perante a ONU, Susan Rice, pediu nesta quinta-feira que seja considerado aumentar o regime de sanções internacional sobre a Costa do Marfim, perante a recusa de Laurent Gbagbo de entregar o poder ao considerado vencedor das eleições, Alassane Ouattara. Susan lembrou que os Estados Unidos e a União Europeia (UE) impuseram medidas próprias nos últimos dias, como o congelamento de bens de Gbagbo e seus colaboradores mais próximos.

Simpatizantes do líder da oposição Alassane Quattara protestam na capital Abidjã, neste sábado pela manhã, contra a alteração do resultado das eleições marfinenses
Simpatizantes do líder da oposição Alassane Quattara protestam na capital Abidjã, neste sábado pela manhã, contra a alteração do resultado das eleições marfinenses
Foto: Schalk van Zuydam / AP

"No caso da ONU, existe um regime de sanções sobre a Costa do Marfim e enquanto a situação seguir paralisada, acho que temos a obrigação de revisar e decidir de deve ser aumentados e reforçados", disse a embaixadora americana na saída de uma reunião do Conselho de Segurança. Nessa mesma linha, assinalou que não há nenhum prazo para considerar este assunto, mas ressaltou: "é hora de começarmos a discutir seriamente".

A embaixadora também se mostrou partidária de conceder à missão de paz da ONU na Costa do Marfim (Unoci) "o necessário para ser eficaz e efetiva", mas não quis dizer se apoia o pedido do departamento de Operações de Paz do organismo de enviar até dois mil soldados adicionais ao país africano.

Em Washington, o Departamento do Tesouro dos EUA anunciou nesta quinta-feira o congelamento dos bens de Gbagbo, de sua esposa, Simone Gbagbo, e de seus assessores e membros mais próximos: Desire Tagro, Pascal Affi N''Guessan e Alcide Djedje. O prolongamento da crise na Costa do Marfim aumentou as preocupações dos responsáveis das Nações Unidas, que temem um reatamento da guerra civil que abalou o país entre 2002 e 2007, e o dividiu em dois.

Além disso, acusam os partidários de Gbagbo de estar por trás de uma campanha para instigar a violência contra os cerca de dez mil soldados e policiais desdobrados pela Nações Unidas em todo o país. Gbagbo exigiu reiteradamente a retirada das tropas da Unoci e dos soldados franceses que as apoiam, que entre outras tarefas se encarregam de garantir a segurança de Ouattara.

O considerado vencedor do pleito de outubro pela comunidade internacional se encontra cercado no Hotel Golfe de Abidjan desde 16 de dezembro.



EFE   
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