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Oriente Médio

Irã diz que visita da AIEA será nos dias 15 e 16 de janeiro

4 jan 2011 - 11h18
(atualizado às 11h46)
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A visita de representantes da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) às instalações nucleares do Irã foi marcada para os dias 15 e 16 de janeiro, revelou nesta terça-feira o embaixador iraniano diante dessa organização ligada a ONU, Ali Asker Sultaniye.

Em declarações exclusivas à agência estudantil local de notícias "Isna", o diplomata detalhou que os convidados poderão percorrer o reator de água pesada de Arak e a planta de Natanz, onde o Irã supostamente tem centrífugas em cascata para enriquecer urânio.

"A visita será realizada entre os dias 15 e 16 de janeiro e está em consonância com a política de transparência da República Islâmica", reiterou Sultaniye.

A notícia foi vazada nesta segunda-feira à noite em Bruxelas e foi confirmada nesta manhã pelo porta-voz do Ministério de Assuntos Exteriores do Irã, Ramin Mehmanparast, quem evitou dar datas precisas.

Em sua habitual entrevista coletiva semanal, o porta-voz não especificou os países convidados e se limitou a indicar que as cartas foram cursadas a "nações da União Europeia e a membros do Movimento de Países Não-Alinhados".

Além disso, foi enviado um convite a "representantes do grupo 5+1" (formado pelos Estados Unidos, o Reino Unido, China, Rússia, França e Alemanha), acrescentou o funcionário iraniano, sem esclarecer, no entanto, se entre eles figura o Governo americano.

Mehmanparast ressaltou que a República Islâmica adota esta medida "como gesto de boa vontade", para colocar fim às especulações em torno de seu programa nuclear e demonstrar, portanto, "seus fins são pacíficos".

Grande parte da comunidade internacional - com os Estados Unidos e Israel à frente - acusa o Irã de esconder sob seu programa nuclear civil outro clandestino cujo objetivo seria adquirir armas atômicas.

As suspeitas se agravaram em fevereiro do ano passado, após o Irã rejeitar uma proposta para a troca de urânio e começou a enriquecê-lo a 20% por seus próprios meios.

Se ocorrer, esta será a primeira viagem que o regime islâmico facilita os altos representantes da AIEA desde que em 2007 se inflamasse a queda-de-braço nuclear que mantém com as grandes potências.

EFE   
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