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Dois casamentos reais para compensar a crise econômica na Europa

Os casamentos de contos de fada de William da Inglaterra e Albert de Mônaco devem adoçar as amargas medidas de austeridade anunciadas para 2011 na Europa, criando um clima de sonho para as pessoas e dando uma nova pincelada e glamour e modernidade na reale

29 dez 2010 - 14h27
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LONDRES, 29 dez 2010 (AFP) -Os casamentos de contos de fada de William da Inglaterra e Albert de Mônaco devem adoçar as amargas medidas de austeridade anunciadas para 2011 na Europa, criando um clima de sonho para as pessoas e dando uma nova pincelada e glamour e modernidade na realeza.

William, de 28 anos, vai se casar em 29 de abril com Kate Middleton, uma moça de classe média (também com 28 anos) que foi sua namorada por oito anos, enquanto que o casamento de Albert II de Mônaco, de 52 anos, com a nadadora sul-africana Charlene Wittstock, de 32 anos, será celebrado nos dias 2 e 3 de julho no pequeno principado.

"Há um entusiasmo público incrível", declarou à AFP o especialista francês em temas de realeza Stephane Bern, que comentará os dois casamentos para a televisão de seu país.

"As televisões de todo o mundo estão negociando para ter certeza que farão a transmissão ao vivo", assinalou.

"Há uma avidez do público por estes temas, há uma vontade de escapar do marasmo econômico reinante", afirmou.

Isto é particularmente certo na Grã-Bretanha, onde o governo anunciou em outubro um severo plano de ajuste orçamentário para reduzir um déficit recorde.

O primeiro-ministro David Cameron não hesitou em declarar o dia do casamento um dia de festa, mas não verbalizou muito entusiasmo pelo evento.

Em uma pesquisa realizada no final de novembro pela ComRes, dois terços dos cidadãos de Sua Majestade se declararam "indiferentes" ao casamento, apesar de 76% se declararem orgulhosos de que seu país seja uma monarquia.

"Acho que à medida que nos aproximarmos, o interesse das pessoas aumentará", estimou, no entanto, a historiadora britânica Jean Seaton.

Apesar de tudo, o casamento de William e Kate não deve ter o mesmo glamour que o de seus pais, o príncipe Charles e Lady Diana Spencer, celebrado 30 anos antes, afirmou Seaton.

"Lady Di ditou a moda", afirmou, em referência ao fato de que as comparações entre Lady Di e Kate serão inevitáveis.

"A boa notícia é que, ao contrário de Diana, Kate sabe onde está se metendo", acrescentou.

Para Stephane Bern, a monarquia britânica é o "modelo ideal".

"É evolução sem revolução: evolui de geração em geração, mas tem valores permanentes que perduram", explica. "Estamos em uma época em que as pessoas precisam de referências, e a monarquia oferece justamente isso".

No próximo ano também pode acontecer um segundo casamento na monarquia britânica, já que Zara Phillips - filha da princesa Anne e neta da rainha Elizabeth - se comprometeu em dezembro com o jogador de rúgbi Mike Tindall. A data de seu casamento ainda não foi anunciada.

Em Mônaco, o casamento do chamado "solteiro de ouro" da realeza europeia, que sucedeu o pai Rainier em 2005, suscita mais fervor entre uma população que começava a descartar a ideia de que o muito esperado casamento do príncipe fosse acontecer algum dia.

Para o ex-secretário de Estado do príncipe Rainier, René Novella, o casamento de Albert com sua noiva Charlene será "ainda mais importante" que o de seu pai com a atriz Grace Kelly em 1956, principalmente porque Albert é "muito conhecido no mundo inteiro".

Segundo o próprio príncipe, o casamento aliará "o respeito das tradições e a modernidade", segundo declarou em entrevista recente ao jornal Le Figaro.

mpf/cn

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