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Europa

Polícia prende 5 suspeitos de preparar atentado na Dinamarca

29 dez 2010 - 11h15
(atualizado às 16h09)
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A polícia dinamarquesa frustrou, nesta quarta-feira, os preparativos de um atentado contra o jornal Jyllands-Posten de Copenhague, alvo islamita desde a publicação de várias caricaturas de Maomé em 2005, em uma operação na qual cinco pessoas foram presas, quatro na Dinamarca e uma na Suécia.

O ministro dinamarquês da Justiça, Lars Barfoed, declarou à agência de notícias Ritzau que os suspeitos eram "militantes islamitas" e que sua prisão impediu o maior complô terrorista da Dinamarca.

O diretor dos serviços de inteligência dinamarqueses (PET), Jakob Scharf, acrescentou que vários dos suspeitos eram "militantes islamitas com vínculos com as redes terroristas internacionais".

O PET, cuja operação pôs fim a uma "longa vigilância", informou que o objetivo era a sede do jornal Jyllands-Posten, em Copenhague.

"As detenções impediram um ataque terrorista iminente", afirmou Scharf em um comunicado.

"Vários dos suspeitos entrariam na redação do jornal em Copenhague para matar a maior quantidade de gente possível", afirmou.

"As prisões ressaltam o peso da ameaça terrorista sobre a Dinamarca e, em particular, sobre as instituições e pessoas relacionadas ao caso das caricaturas", concluiu Scharf.

O diretor-executivo da empresa que controla o Jyllands-Posten, Lars Munch, descreveu no site do jornal "o horror para os funcionários e suas famílias de ver seu local de trabalho ameaçado outra vez".

Desde a divulgação de 12 caricaturas de Maomé, publicação que provocou manifestações violentas no mundo muçulmano, o Jyllands-Posten, seus responsáveis e os autores dos desenhos estão na mira dos islamitas.

Um curdo iraquiano, em prisão preventiva na Noruega, onde é acusado de preparar um atentado com outros dois suspeitos, confessou no dia 28 de setembro ter planejado um ataque contra o jornal dinamarquês.

O autor da caricatura mais polêmica, onde aparece o profeta com um turbante em forma de bomba, Kurt Westergaard, escapou por pouco no dia 1º de janeiro de 2009 do ataque de um somali, que entrou em sua casa armado com um machado e uma faca.

Segundo o PET, três das pessoas presas na Dinamarca vivem na Suécia e chegaram ao país na noite da última terça-feira.

Trata-se de um cidadão tunisiano de 44 anos, um sueco de origem libanesa de 29 anos e outro sueco de 30 anos, cuja origem não foi divulgada.

A quarta pessoa detida na Dinamarca é um iraquiano solicitante de asilo político, de acordo com o PET.

A pessoa presa na Suécia é um cidadão sueco de origem tunisiana de 37 anos, ainda segundo o PET.

Um atentado suicida ocorreu na capital sueca no dia 11 de dezembro. Um camicase morreu neste ataque, cujo objetivo era castigar a Suécia por sua presença militar no Afeganistão e por seu apoio ao desenhista Lars Vilks, autor de uma caricatura de Maomé.

Mas "até agora, as pessoas detidas (nesta quarta-feira) não têm nenhum vínculo conhecido com (o camicase) de 11 de dezembro" em Estocolmo, declarou à AFP a porta-voz dos serviços secretos suecos Sapo, Katarina Sevcik.

Na Dinamarca, as prisões foram realizadas em dois apartamentos nos arredores de Copenhague, em Herlev e Greve, onde a polícia encontrou "tiras de plástico que poderiam servir como algemas, uma metralhadora com um silenciador e munições", informou o PET.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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