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Mundo

Continua crise institucional na Costa do Marfim

27 dez 2010 - 06h10
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Laurent Gbagbo, que resiste a deixar a Presidência da Costa do Marfim, afirmou nesta segunda-feira que a Comissão Eleitoral que o declarou perdedor nas últimas eleições não tem jurisdição e se mostrou contrário à ideia de compartilhar o poder.

"A Comissão Eleitoral não deu nenhum resultado. Teve três dias de mandato para dá-los, mas não o fez", afirmou Gbagbo em entrevista divulgada pela rede catariana de televisão "Al Jazira".

Gbabgbo, que se manteve no poder durante dez anos, perdeu o segundo turno das eleições presidenciais, realizada em 28 de novembro, frente ao candidato da oposição, Alassane Ouattara, segundo os resultados da Comissão Eleitoral.

Embora a comunidade internacional tenha reconhecido Ouattara como chefe de Estado, Gbagbo resiste deixar o poder, o que criou uma crise política pós-eleitoral que causou cerca de 200 mortos.

Perguntado sobre a possibilidade de compartilhar o poder com Ouattara, Gbagbo afirmou que essa eventualidade "não é uma boa solução".

"A solução tem que ser averiguar a verdade sobre quem ganhou as eleições, e uma vez se tenha determinado quem venceu, então lhe entregaremos o poder", acrescentou em suas declarações ao canal catariano de televisão.

Gbagbo se mostrou disposto a cooperar com um comitê internacional para investigar a violência pós-eleitoral que aconteceu na Costa do Marfim.

"Quero que venha aqui este comitê para revisar todos os documentos eleitorais e buscar a verdade", acrescentou.

Gbagbo se nega a deixar o poder depois que o Conselho Constitucional rejeitou os resultados da Comissão Eleitoral que declararam Ouattara ganhador.

EFE   
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