PUBLICIDADE

Estados Unidos

ONG pede que Obama pare de perseguir fundador do Wikileaks

17 dez 2010 - 16h49
(atualizado às 18h09)
Compartilhar

A organização defensora da liberdade de imprensa Repórteres Sem Fronteiras (RSF) pediu nesta sexta-feira ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que interrompa as investigações contra o fundador do WikiLeaks, Julian Assange, e seus colaboradores. "Consideramos que a publicação de informação - embora seja confidencial - por parte do WikiLeaks e dos cinco meios de comunicação associados, constitui uma atividade jornalística de informação ao público", indicou a RSF em carta enviada a Obama.

Julian Assange é solto após 9 dias preso em Londres:

A organização também fez referência à Primeira Emenda da Constituição americana que estabelece o princípio do respeito à liberdade de imprensa. A carta, que também foi dirigida ao procurador-geral dos EUA, Eric Holder, precisa que "perseguir legalmente os fundadores e colaboradores do WikiLeaks prejudicaria gravemente a liberdade de imprensa no país e degradaria as condições de trabalho dos jornalistas americanos que cobrem temas delicados".

A organização assinala que os EUA são "um modelo de liberdade de expressão no mundo", mas que esse status seria questionado por "uma perseguição legal arbitrária contra o WikiLeaks". Lembrou que vários professores da Universidade de Colúmbia enviaram recentemente um e-mail no qual afirmam que "uma reação excessiva do governo pela publicação dos documentos sempre foi mais prejudicial para a democracia americana que o próprio vazamento".

A RSF pediu a Obama que aproveite o debate aberto com os vazamentos do WikiLeaks para "revisar a política de classificação de arquivos" a fim de "favorecer a transparência e de tornar públicos um número maior de documentos, em coerência com as promessas feitas no início da administração".



EFE   
Compartilhar
Publicidade