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América Latina

Vargas Llosa critica Chávez, Uribe e pede mais ação do Brasil

17 dez 2010 - 16h40
(atualizado às 16h46)
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O escritor peruano Mario Vargas Llosa criticou o governo do presidente da Venezuela, Hugo Chávez enquanto o ex-presidente colombiano Álvaro Uribe pediu ao Brasil que seja mais ativo perante as "ameaças" à democracia, durante encontro com ex-governantes José María Aznar, da Espanha e Jorge Quiroga, da Bolívia. Os quatro se encontraram em Santiago nesta sexta-feira durante um seminário sobre "O futuro da liberdade em um mundo global", organizado pela conservadora Fundação Liberdade e Desenvolvimento.

O Nobel de Literatura Vargas Llosa, que definiu Chávez como "anacrônico e risível", considerou que o líder venezuelano não representa "a cara da esquerda" latino-americana atual, que segundo sua opinião é identificada pelos governos do Brasil e do Uruguai. O escritor peruano alertou que a América Latina não vai seguir nem o modelo cubano, "que está em processo de desintegração", nem o venezuelano, que na sua opinião "é velho" e "não funciona".

No entanto, alertou dos "populismos com resultados catastróficos" que segundo sua opinião são implantados na Bolívia, Nicarágua e Equador. Por sua vez, Uribe alertou sobre a existência de "novas ditaduras imaturas, que se proclamam como os líderes da esquerda e incorrem nos piores vícios das ditaduras de direita".

Ao ser questionado sobre o papel do Brasil na região, Uribe lembrou que seu Governo apoiou a criação em 2008 da União de Nações Sul-americanas (Unasul), que foi concebida como um projeto de Luiz Inácio Lula da Silva, mas exigiu que esta organização rejeitasse os grupos violentos.

Em uma aparente alusão ao Brasil, Uribe acrescentou que "um poder econômico" deve também ter "uma posição clara frente aos agressores da democracia e aos cúmplices do terrorismo", e criticou a estratégia diplomática que segundo sua opinião se estendeu na região.

EFE   
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