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Lula encoraja movimentos sociais a trabalharem por um Mercosul participativo

16 dez 2010 - 22h55
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O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, encorajou nesta quinta-feira os movimentos cidadãos representados na 10ª Cúpula Social do Mercosul a trabalhar para tornar "mais democrático e social" o bloco sul-americano.

"O projeto de integração regional não pode se apoiar só nos bons resultados econômicos, que sempre estão sujeitos a oscilações. Para adquirir consistência, deve se apoiar em valores e aspirações comuns", disse Lula no encerramento da Cúpula Social, que se organiza de forma paralela à reunião presidencial.

O governante brasileiro, que ostenta a Presidência rotativa do Mercosul, considerou que a faceta social contribuiu "em grande medida" para a consolidação da democracia e da paz na região.

"Todas estas conquistas só foram possíveis pelo clima de entendimento e de verdadeira fraternidade. Sabemos da importância da solidariedade e da justiça social, que devem ser a porta de entrada de nossos povos", acrescentou o governante.

Lula insistiu que o Mercosul deve ser "de todos" e convidou os movimentos sociais a "provocarem uma revolução na mentalidade dos cidadãos".

O presidente do Paraguai, Fernando Lugo, que falou antes de Lula, concordou na análise e assegurou que são os grupos sociais os que "genuinamente" contribuem para a integração.

"Apesar de ser presidente de um país importante, Lula não deixou de ser amigo dos grupos sociais", destacou Lugo sobre o anfitrião da reunião, que foi ovacionado várias vezes ao longo de seu discurso.

Lula falou dos acordos sociais do Mercosul, desde a primeira Cúpula Social em 2006, o Instituto Social e o estabelecimento do plano de ação de cidadania do bloco.

Também citou a Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA), que foi fundada este ano por iniciativa do Brasil na cidade de Foz do Iguaçu e cujo campus se situa no parque industrial da hidrelétrica de Itaipu, onde ocorreu a Cúpula Social.

"É muito importante que não percamos de vista o que já conquistamos, não foi pouca coisa. Temos que analisar nossas conquistas no tempo da história", sentenciou o presidente, que entregará o poder a Dilma Rousseff no dia 1º de janeiro.

Além de Lula e Lugo, participaram do encerramento da Cúpula Social os presidentes José Mujica (Uruguai), Desiré Bouterse (Suriname) e Bharrat Jagdeo (Guiana).

EFE   
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