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Estados Unidos

Polícia prende defensores de Assange em frente à Casa Branca

16 dez 2010 - 19h05
(atualizado às 20h42)
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Dezenas de ativistas, incluindo partidários de Julian Assange, proprietário do site WikiLeaks, foram detidos nesta quinta-feira durante um protesto diante da Casa Branca contra a guerra no Afeganistão.

Julian Assange é solto após 9 dias preso em Londres:

No momento em que o presidente americano, Barack Obama, apresentava um relatório sobre a guerra no Afeganistão, mais de 100 manifestantes - muitos militares veteranos - participaram de uma passeata até a Casa Branca aos gritos de "paz agora".

A polícia isolou parcialmente a área e deteve manifestantes que violaram o perímetro de segurança, que foram levados a dois ônibus. Daniel Ellsberg, um assessor do governo que em 1971 vazou documentos do Pentágono que revelavam planos dos EUA para a guerra do Vietnã, saudou Bradley Manning, o jovem soldado suspeito de ter enviado milhares de informações secretas da diplomacia americana ao site WikiLeaks.

Ellsberg previu que Obama intensificará a guerra no Afeganistão porque "os presidentes não gostam de admitir que erraram". "Parece que isto vai seguir indefinidamente, a menos que mais gente siga o exemplo de Bradley Manning, cujo valente ato de desobediência civil provavelmente lhe custará a prisão perpétua", disse Ellsberg.

O vazamento WikiLeaks

No dia 28 de novembro, a organização WikiLeaks divulgou mais de 250 mil documentos secretos enviados de embaixadas americanas ao redor do mundo a Washington. A maior parte dos dados trata de assuntos diplomáticos - o que provocou a reação de diversos países e causou constrangimento ao governo dos Estados Unidos. Alguns documentos externam a posição dos EUA sobre líderes mundiais.

Em outros relatórios, a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, pede que os representantes atuem como espiões. Durante o ano, o WikiLeaks já havia divulgado outros documentos polêmicos sobre as guerras do Afeganistão e do Iraque, mas os dados sobre a diplomacia americana provocaram um escândalo maior. O fundador da organização, o australiano Julian Assange, foi preso no dia 7 de dezembro, em Londres, sob acusação emitida pela Suécia de crimes sexuais.



AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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