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Estados Unidos

EUA: consumo de maconha aumenta entre jovens em 2010, diz estudo

14 dez 2010 - 16h25
(atualizado às 16h45)
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O consumo de maconha entre os adolescentes americanos de 13 a 18 anos voltou a aumentar em 2010, segundo um estudo anual do Instituto Nacional de Abuso de Drogas, publicado nesta terça-feira.

A discussão, ao longo do ano, sobre a legalização da maconha em estados como a Califórnia, que acabou rejeitando-a em referendo, teve um impacto considerável na percepção desta droga entre os jovens, sugere o documento.

Intitulado Controlando o futuro, o estudo foi realizado com mais de 46 mil estudantes do 8º ano (13-14 anos), do 10º ano (15-16 anos) e 12º ano (17-18 anos).

Dos estudantes do 12º ano, os de maior idade, 6,1% confessaram de forma anônima aos especialistas do estudo que consumiam maconha regularmente, uma alta de 0,9% com relação ao ano passado.

Dos jovens do 10º ano, 3,3% também declararam consumir maconha (2,8% no ano passado) e também foi registrada uma alta entre os do 8º ano, com 1,2% (1% em 2009).

"Temos diante de nós um aumento do consumo diário de maconha, que é o que tem efeitos mais adversos", disse, em entrevista coletiva, Nora D. Volkow, diretora do Instituto Nacional de Abuso de Drogas.

Os dados sobre consumo de maconha entre os jovens do 8º ano "são particularmente preocupantes", reconheceu Gil Kerlikowske, diretor do Departamento de Política Nacional de Controle de Drogas da Casa Branca.

Após uma ampla revisão das campanhas antidrogas nos Estados Unidos, Kerlikowske anunciou em maio passado o objetivo ambicioso da Casa Branca de reduzir o consumo entre os jovens em 15% nos próximos 5 anos.

A chamada Proposta 19 para legalizar a maconha, que os californianos avaliaram durante meses antes de rejeitá-la em referendo celebrado em novembro passado, deu uma mensagem equivocada aos jovens, criticou Kerlikowske.

A maconha já é legal para uso médico neste e em outros estados americanos. No entanto, denunciou Kerlikowske, "chamar a maconha de ''remédio'' é absolutamente incorreto".

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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