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Europa

Promotoria sueca decide apelar da decisão de libertar Assange

14 dez 2010 - 15h40
(atualizado às 16h13)
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A promotoria sueca decidiu apelar da decisão de libertar o fundador do WikiLeaks, Julian Assange, sob fiança. Inicialmente, os advogados que representam o ministério público da Suécia afirmaram que não questionariam a decisão.

A advogada Gemma Lindfield afirmou à Corte de Magistrados da cidade de Westminster que os promotores suecos desejam apelar da ordem de fiança e isso deverá ocorrer no prazo de 48 horas.

Pouco antes, o advogado de Assange Mark Stephens havia anunciado indevidamente a jornalistas que a Suécia não iria recorrer da decisão a favor do australiano.

O cineasta inglês Ken Loach, a milionária Jemima Khan e o jornalista investigativo australiano John Pilger - que nesta terça-feira também se apresentaram na corte de Westminster - tinham se oferecido para pagar a fiança de Assange. Além de dezenas de jornalistas, uma multidão de simpatizantes do ativista australiano se concentrou em frente ao tribunal londrino para expressar apoio a ele, e receberam com júbilo a notícia de que o réu seria posto em liberdade. Desde a primeira audiência de extradição, no último dia 7, Assange permaneceu em prisão preventiva.

Segundo Mark Stephens, da equipe de advogados de defesa, Assange ficou detido em uma cela de isolamento na prisão de segurança máxima de Wandsworth, onde teve a correspondência censurada. A mãe do ativista, Christine Assange, falou por telefone durante 10 minutos com seu filho e tomou nota por escrito de uma mensagem que depois transmitiu ao canal de televisão australiano Seven Network. "Faço um apelo a todo o mundo para que meu trabalho e meus seguidores sejam protegidos desses ataques ilegais e imorais", indicou Assange. "Tenho firmes convicções".

O vazamento WikiLeaks
No dia 28 de novembro, a organização WikiLeaks divulgou mais de 250 mil documentos secretos enviados de embaixadas americanas ao redor do mundo a Washington. A maior parte dos dados trata de assuntos diplomáticos - o que provocou a reação de diversos países e causou constrangimento ao governo dos Estados Unidos. Alguns documentos externam a posição dos EUA sobre líderes mundiais.

Em outros relatórios, a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, pede que os representantes atuem como espiões. Durante o ano, o WikiLeaks já havia divulgado outros documentos polêmicos sobre as guerras do Afeganistão e do Iraque, mas os dados sobre a diplomacia americana provocaram um escândalo maior. O fundador da organização, o australiano Julian Assange, foi preso no dia 7 de dezembro, em Londres, sob acusação emitida pela Suécia de crimes sexuais.



AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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