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Mundo

Parlamento italiano inicia debate sobre futuro de seu governo

13 dez 2010 - 06h56
(atualizado às 07h22)
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O Parlamento italiano iniciará nesta segunda-feira o debate sobre a sorte de seu Governo com o comparecimento, primeiro, do primeiro-ministro, Silvio Berlusconi, no Senado, onde pedirá a confiança para seu Executivo, enquanto à tarde a Câmara dos Deputados recebe a discussão sobre a moção de censura.

A incerteza política pelo que poderá acontecer amanhã na Itália quando o Governo enfrentar estas votações decisivas é total e, por enquanto, são poucos os que se atrevem a fazer apostas sobre os resultados no Parlamento.

Tanto meios de comunicação italianos como analistas políticos falam de margens muito próximas na Câmara dos Deputados e concluem em afirmar que a continuidade dependerá das abstenções e dos indecisos, três deputados, que ainda não definiram seu voto.

O jornal "La Repubblica" trabalha com números de 313 deputados que retirarão sua confiança no Governo frente a 311 que o sustentariam, enquanto lembra que ainda há três indecisos que poderiam mudar a balança.

Já o "Corriere della Sera" indica que a maioria conservadora por enquanto conta com um mínimo de 312 votos a seu favor assegurados na câmara baixa e com um máximo de 316, enquanto a oposição goza do consenso de um mínimo de 308 deputados e um máximo de 314.

Tudo isto acontece no meio da polêmica levantada pela Promotoria de Roma, que abriu uma investigação sobre uma suposta trama de compra de votos por parte de Berlusconi para se assegurar a confiança da Câmara Baixa.

Entre os poucos que se atrevem a adiantar um resultado da votação na Câmara dos Deputados está o presidente deste plenário e ex-aliado de Berlusconi, Gianfranco Fini.

Em entrevista a um programa de televisão ele comentou: "Não tenho uma bola de cristal, mas acho que posso dizer que o presidente não obterá a confiança na Câmara dos Deputados".

Fini ressaltou que, seja qual for o resultado da votação, a partir de terça-feira seu grupo parlamentar, Futuro e Liberdade (FLI), não fará parte da maioria conservadora e passará a fazer parte da oposição.

Por outro lado, o presidente da Câmara dos Deputados lançou um ataque frontal a Berlusconi ao afirmar que o que interessa mais ao primeiro-ministro é poder permanecer no cargo, pois deste modo pode se beneficiar da "lei do legítimo impedimento", a norma à qual o líder se acolheu em reiteradas ocasiões para se ausentar dos dois processos que tem pendentes.

EFE   
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