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Oriente Médio

Ex-dirigentes da UE pedem sanções contra Israel por assentamentos

10 dez 2010 - 07h32
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Um grupo de 26 ex-dirigentes da União Europeia (UE) pediu que sejam adotadas duras medidas contra Israel por conta da política de assentamentos do país e da rejeição ao cumprimento da legislação internacional.

Em uma surpreendente carta enviada nesta quinta-feira à liderança do bloco europeu e que foi publicada nesta sexta-feira pelo jornal "Ha''aretz", o grupo de dirigentes que lideravam a UE na década passada e que incluem chefes de Estado de destaque, ministros e líderes de instituições europeias, critica duramente as políticas israelenses.

Entre os signatários estão o ex-chefe da diplomacia da UE Javier Solana, o ex-presidente alemão Richard von Weizsacker, o ex-presidente espanhol Felipe González, o ex-presidente da Comissão Europeia e ex-primeiro-ministro da Itália Romano Prodi e a ex-presidente da Irlanda Mary Robinson.

Os signatários respondem aos esforços palestinos para conseguir apoio internacional ao reconhecimento de um Estado independente como alternativa às negociações de paz com Israel, que estão em ponto morto.

Todos eles propõem que Bruxelas anuncie que não aceitará nenhuma mudança unilateral nas fronteiras de 1967 que Israel venha a realizar transgredindo a legislação internacional, e que o futuro Estado palestino deverá contemplar a mesma área que a região ocupada em 1967.

O manifesto inclui o estabelecimento de uma capital em Jerusalém Oriental e a recomendação de que a UE só apoie pequenas trocas de território estipuladas entre israelenses e palestinos.

Os ex-dirigentes destacam que os palestinos não poderão construir um Estado independente sem a ajuda política e econômica da comunidade internacional, razão pela qual fazem um apelo ao bloco europeu para que desempenhe um papel mais efetivo frente aos Estados Unidos, Israel e outros atores.

O grupo também pretende condicionar a decisão da UE de melhorar as relações bilaterais com Israel à cessação de suas atividades nas colônias da Cisjordânia e Jerusalém Oriental.

A carta foi divulgada pouco depois que a Administração dos EUA anunciou o fracasso das negociações com Israel para que prorrogasse a interrupção da construção de assentamentos no território ocupado da Cisjordânia.

O documento se soma às decisões do Brasil e da Argentina, às quais o Uruguai se unirá em 2011, de reconhecer um Estado palestino com as fronteiras prévias à Guerra dos Seis Dias de 1967.

EFE   
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